O comentário chegou na semana passada, quando a aplicação de tarifas era, ainda, uma intenção, mas cuja dimensão já tinha sido anunciada por Donald Trump. Na ocasião, o DN/Dinheiro Vivo contactou vários grupos automóveis para obter um comentário sobre as taxas que vão ser aplicadas sobre as unidades que, produzidas na UE, sejam depois exportadas para os EUA. A Aston Martin rejeitou fazer qualquer comentário sobre o assunto, e outros grupos contactados, como a Stellantis, não responderam ao pedido do DN/Dinheiro Vivo. Já o grupo BMW referiu que “o comércio livre e a cooperação internacional revestem-se de uma enorme importância a nível mundial e são motores essenciais do crescimento e do progresso. Sempre foram um princípio orientador do BMW Group”, afirmou fonte oficial do grupo em comentário enviado ao DN/Dinheiro Vivo. Na ocasião, a mesma fonte referiu que “deveríamos estar a discutir a redução das barreiras comerciais em vez de criar mais. O BMW Group continua empenhado em reduzir os direitos aduaneiros e as barreiras comerciais entre a UE e os EUA, o que beneficiaria os consumidores de ambas as regiões”, acredita, lamentando a decisão unilateral da administração norte-americana. “A UE e os EUA são os maiores parceiros comerciais do mundo, o que acarreta grandes responsabilidades para ambas as partes: Um conflito comercial entre estas regiões económicas não traria quaisquer benefícios. Por conseguinte, ambas as partes devem encontrar rapidamente um acordo transatlântico que crie crescimento e evite uma espiral de isolamento e barreiras comerciais”, conclui. Esta quinta-feira, inúmeros líderes empresariais e políticos em redor do mundo manifestaram-se contra o anúncio de Donald Trump, que pressupõe até a imposição de tarifas em ilhas habitadas apenas por pinguins.