Grupo Casais tem 160 vagas para técnicos e operacionais

A construtora vai promover uma sessão de recrutamento para captar profissionais de engenharia, arquitetura, gestão e de apoio ao backoffice.
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O grupo Casais carece neste momento de 160 profissionais entre operacionais, técnicos e gestores. Para debelar essa carência de mão-de-obra, a construtora de Braga promove no próximo sábado, 13 de novembro, uma sessão de recrutamento em Lisboa, o Meet & Green, com o objetivo de preencher 40 vagas nas áreas da engenharia, arquitetura, gestão e apoio ao backoffice.

O Meet & Green irá desenvolver-se ao longo de quatro momentos - dinâmica de grupo, pitch, speed interview e meet the board -, para que o candidato tenha várias oportunidades para se apresentar e mostrar o seu potencial. Em simultâneo, a administração da Casais irá mapear as capacidades dos participantes e avaliar o seu ajustamento aos valores e cultura do grupo.

Esta é mais uma iniciativa para mitigar um problema que o CEO do grupo, António Carlos Rodrigues, não tem dúvidas em considerar "transetorial" e que, na sua opinião, "vai provocar um incremento do custo generalizado" dos projetos. "É um efeito dominó que se inicia com o aumento do preço das matérias-primas, reflete-se na indústria da transformação e manifesta-se no produto final", sublinha.

As causas para a escassez de recursos humanos são muitas. Segundo aponta, é com facilidade que os trabalhadores são atraídos por economias mais fortes que a portuguesa, como são exemplos a Alemanha ou a França, onde se praticam salários mais generosos. Mas esse não é o único entrave. Na sua opinião, "há falta de pessoas com as qualificações certas" e é por isso que "temos índices de desemprego a crescer, ao mesmo tempo que temos escassez de profissionais". Em suma, defende, há "mais dos que o mercado não precisa e menos dos que precisa".

Para o gestor, é essencial "uma aposta séria na formação contínua dos profissionais, novas parcerias entre o ensino e as empresas" para acompanhar as necessidades de formação ao longo da vida, até porque "a qualificação profissional resolve o problema dos salários".

Academia Casais

A Casais, que responde por projetos como o Bayline, no Algarve, o Belas Clube de Campo ou a Ala Pediátrica do Hospital de S. João, no Porto, tem procurado colmatar as necessidades formativas com a sua própria Academia. "Ensinamos e desenhamos o percurso de carreira através de programas trainees [estágios] ou através de programas de reconversão profissional", adianta. E esta solução tem ajudado a evitar paragens ou reduções de ritmos de obra por falta de trabalhadores. No ano passado, o grupo ministrou 18 740 horas de formação aos seus colaboradores.

No último exercício, a construtora, que marca presença em 16 mercados externos, foi responsável por um volume de negócios agregado de 520 milhões de euros, dos quais 210 milhões gerados em Portugal. "Em 2020, aumentámos a nossa atividade para o dobro em Portugal e, em 2021, mantemos o mesmo patamar, com cerca de 210 milhões num total de 520 milhões, consolidando a nossa posição como o terceiro maior grupo na atividade da construção", salienta António Carlos Rodrigues. O grupo emprega um total de 4360 trabalhadores, 2765 no exterior.

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