Guia Completo: O que deve saber sobre crédito consolidado

No rescaldo da pandemia, surgiu a guerra na Europa para desestabilizar ainda mais os mercados financeiros. Subida da inflação, aumento das taxas de juro, subida do custo de vida são cenários que têm deixado os portugueses algo apreensivos. Em parceria com o DV, a Gestlifes explica o que é e que vantagens tem na consolidação de créditos.
Publicado a

É cada vez mais caro viver em Portugal. Com a subida de taxas de juro nos créditos ao consumo e créditos à habitação, muitas famílias têm vindo a sentir-se a sufocar com todas as despesas mensais com casa, alimentação, transportes e aquecimento.

Com a chegada da época natalícia, este é um cenário que terá tendência a agravar-se e, sem fim à vista para o aumento da inflação, surge a necessidade de procurar soluções para a situação financeira atual.

O governo tem vindo a lançar medidas com o objetivo de fomentar a cooperação entre a banca e os clientes na procura de soluções que deem resposta às possíveis situações de incumprimento, no entanto, os clientes podem espoletar o processo de análise da sua situação de crédito autonomamente.

Perante conjeturas financeiras como a que se coloca atualmente, termos como 'crédito consolidado' são cada vez mais pesquisados. Para o ajudar a compreender tudo o que precisa de saber acerca desta forma de crédito e como poderá utilizá-la para conseguir poupar mensalmente, iremos partilhar todos os pormenores neste guia.

Crédito Consolidado: Em que consiste?

Ao longo da vida vamos contraindo créditos para dar resposta a diferentes necessidades, levando a que ao fim de algum tempo, tenhamos acumulado vários créditos - todos com prestações mensais distintas afetas a taxas de juro diferentes e ainda, com prazos de maturidade incomparáveis.

De forma prática, isto significa que o cliente tem uma série de gastos mensais com créditos quando poderia ter apenas um. E é aqui que entra a consolidação de créditos.

Consolidar ou juntar créditos, como também é conhecida esta prática, consiste em colocar todos os seus créditos no mesmo bolo, ou seja, passa a ter apenas um crédito, afeto a apenas uma prestação e com uma maturidade (prazo de pagamento) única.

Poderá estar a perguntar-se "como é que isso leva à poupança?" e a resposta é simples: a redução da mensalidade acontece pois passa a sua dívida para uma entidade bancária única (aquela que escolhe para consolidar os créditos), conseguindo uma "renegociação" das condições deste crédito único. Adicionalmente, também o prazo de pagamento é alargado, levando a que o montante em dívida se reparta por um maior período de maturidade, baixando assim os custos mensais.

Como funciona a consolidação?

Obter crédito consolidado é um processo simples e vantajoso se souber quais os passos a tomar. A primeira coisa a saber é que não precisa de realizar a consolidação na mesma instituição bancária onde já possui os seus créditos atuais.

Várias entidades oferecem a opção de consolidação pelo que é relativamente simples encontrar alguma que lhe agrade dentro do que o mercado possui.

O que acontece é que a entidade onde assume o crédito consolidado irá saldar a sua dívida junto dos seus credores iniciais e, desta forma, passar a cobrar-lhe apenas uma prestação mensal a si.

Ao optar por consolidar, irá iniciar-se um novo processo de crédito, onde o seu historial de dívida será analisado por forma a ajustar a oferta às suas necessidades exatas, oferecendo-lhe melhores condições do que as que possuía antes:
- Taxa de juro mais reduzida;
- Mensalidade mais baixa;
- Novo prazo de maturidade do crédito podendo ir até aos 120 meses (apenas algumas instituições bancárias oferecem crédito consolidado 120 meses);

De que necessita para avançar com a consolidação?

Como referido, o processo de consolidação de créditos é relativamente simples e pouco burocrático, no entanto, tal como todos os processos bancários, tem algumas exigências que devem ser cumpridas pelos clientes. Estes requisitos assentam sobre o cliente e sobre os próprios créditos a consolidar.

Quanto ao cliente, deve inserir-se no seguinte perfil:
Estar numa situação profissional estável;
Declarar rendimentos em Portugal;
Idade máxima de 80 anos;
Não se encontrar em situação de incumprimento com a banca;
Os créditos que possui devem ter um valor total superior a 5.000€;

Quanto aos créditos, estes são os que são elegíveis para consolidação, são os seguintes:
Crédito Pessoal;
Crédito Automóvel;
Crédito à Habitação;
Cartão de Crédito;

Deve contudo ter presente que créditos que tenham sido renegociados forçosamente pela entidade bancária são excluídos de um cenário de consolidação, no entanto, se a renegociação tiver acontecido por vontade do cliente, podem ser considerados para junção.

Consolidar Crédito Pessoal e Crédito à Habitação

Ainda que seja mais comum consolidar créditos ao consumo, como mencionado no ponto anterior, o crédito à habitação também é elegível para consolidação, ou seja, pode juntá-lo com um crédito pessoal, por exemplo.

Ao contrário do que possa ser a crença de muitos, o facto de se tratar de um crédito à habitação não torna o processo de junção mais moroso ou burocrático pois a entidade bancária que escolher para a consolidação, estará já familiarizada com a tarefa.

Ao optar por juntar estas duas formas de crédito, é importante manter em mente que a hipoteca do imóvel passará a incidir sobre o crédito consolidado da mesma forma que incidia sobre o crédito à habitação.

De forma geral, partilhámos neste guia tudo o que deverá ter em linha de conta ao iniciar um pedido de simulação para a consolidação dos seus créditos.

Mantenha em mente que o seu grande objetivo passa por reduzir a sua prestação mensal pelo que deverá analisar cuidadosamente todos os fatores presentes em cada proposta que receba - só assim conseguirá fazer o negócio mais vantajoso para si.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt