Hoteis registam os melhores resultados dos últimos 10 anos

Mais noites, mais despesa por turista e maior taxa de ocupação. Foram estes os resultados dos hotéis portugueses no primeiro trimestre deste ano.
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A taxa de ocupação dos estabelecimentos hoteleiros rondou os 55% ao longo do primeiro trimestre desde ano. O valor é mais elevado do que o registado no mesmo trimestre do ano passado (em que a taxa foi de 51%), sendo mesmo necessário recuar 10 anos, a 2007, para encontrar um arranque de ano mais favorável.

Os dados divulgados esta segunda-feira pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), indicam que Lisboa, Grande Porto e Madeira registaram taxas de ocupação acima da média nacional, com 67%, 56% e 75%, respetivamente. No caso de Lisboa e do Porto, estes números traduzem taxas de crescimento homólogas da ordem dos 10% e são alicerçadas na maior procura do turismo urbano e também no impulso do turismo de negócios e de eventos.

A par de maiores taxas de ocupação, o "Hotel Snapshot", um retrato do sector promovido pela AHP, indica que quem escolhe os hotéis portugueses para passar uns dias está igualmente disposto a pagar mais do que no passado recente. Prova disso mesmo está no facto de a receita média por turista no hotel ter aumentado 8% neste primeiro trimestre, situando-se nos 105 euros. Se a comparação for feita com o primeiro trimestre de 2014 - o pior dos últimos 10 anos em termos de receita média por turista - aqueles 105 euros representam uma subida de 17%.

O número de noites também aumentou ligeiramente, cerca de 3%, mas a média mantém-se ainda inferior às duas noites. Recorde-se que entre janeiro e março, Portugal registou um total de 8,8 milhões de dormidas, tendo a maioria (86%) ocorrido em hotéis, hotéis-apartamentos e pousadas.

O mercado que mais turistas enviou para Portugal foi o brasileiro, com o número de hóspedes a crescer 68%, seguindo-se o polaco (mais 40%) e o norte-americano que avançou também 34% face ao mesmo período de 2016.

Este "Hotel Snapshot" avança também com algumas projeções para o resto do ano e espera fortes recuperações no sector tendo em conta que, de um modo geral, os europeus reforçaram a sua intenção de viajar, ainda que pretendam reduzir a duração das estadas para 1,9 semanas. Os hotéis, salienta o estudo, são a primeira opção de alojamento dos turistas, sobretudo os brasileiros e norte-americanos.

A oferta hoteleira tem respondido à maior procura e às 11 unidades que já abriram este ano, somar--se-ão mais 41 novos hotéis que serão ainda inaugurados até ao final do ano.

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