Uma análise da gestora eXp Portugal indica que 65,4% dos imóveis à venda no país correspondem a habitações com três ou mais quartos, consideradas adequadas para famílias. A percentagem revela uma oferta significativa de casas de maior dimensão, mas com diferenças regionais relevantes que podem condicionar mobilidade e decisões de compra.Faro lidera o ranking regional, com 76,7% do stock de venda composto por habitações familiares, seguida por Braga (75,2%), Leiria (74,8%), Santarém (73,8%) e Bragança (72,5%). Outras áreas com elevada disponibilidade incluem Vila Real (71,8%), Setúbal (70,9%), Aveiro (69,5%), Madeira (67,9%) e os Açores (67,2%).Em contrapartida, as menores proporções verificam‑se em Castelo Branco (57,0%), Porto (58,1%) e Beja (60,4%). Lisboa regista 61,7% de habitações com três ou mais quartos e fica perto da média nacional, enquanto Coimbra (66,6%), Viseu (66,0%) e Évora (64,7%) apresentam também oferta elevada para famílias.A distribuição desigual do stock tem implicações económicas: zonas com maior oferta podem atrair famílias em busca de espaço, enquanto regiões com menor percentagem de imóveis familiares poderão registar pressão sobre preços e maior procura por alternativas (renovação, ampliação ou deslocação para periferias).João Miguel Louro, diretor da eXp Portugal, refere que “a dinâmica familiar continua a ser um dos principais motores da procura de habitação. Quer as pessoas estejam a preparar‑se para constituir família ou já tenham filhos e precisem de mais espaço, estas fases da vida determinam tanto o tipo de casa que procuram como as localizações que consideram”, acrescenta.O estudo sublinha ainda que a dimensão familiar influencia fluxos internos e transfronteiriços, com famílias a privilegiar regiões que combinem oferta habitacional adequada, serviços e escolas — fatores que orientam decisões de compra e impactam a procura local..Rendas em Portugal sobem 3,2% em novembro e Lisboa apresenta os preços mais altos