Ocupação de escritórios na Europa cresce 3% e rendas prime sobem 4,9% até setembro

De acordo com a consultora Savills, estes movimentos apontam para uma recuperação gradual da procura, sobretudo nos centros urbanos mais competitivos.
Ocupação de escritórios na Europa cresce 3% e rendas prime sobem 4,9% até setembro
Pedro Granadeiro / Global Imagens
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A ocupação de escritórios na Europa registou um acréscimo homólogo de 3% entre o primeiro e o terceiro trimestre de 2025, enquanto as rendas de produto prime avançaram, em média, 4,9% no mesmo período, segundo o mais recente relatório da consultora Savills. Estes movimentos apontam para uma recuperação gradual da procura, sobretudo nos centros urbanos mais competitivos.

Alguns mercados destacaram-se claramente face às médias de absorção dos últimos cinco anos no mesmo período temporal: Frankfurt (+76%), Dublin (+46%), Barcelona (+41%), Praga (+36%) e a City de Londres (+18%). A dinâmica reflecte, por um lado, uma retoma da procura por espaços ligados ao setor tecnológico e, por outro, a persistente resiliência dos serviços financeiros, assinala o relatório.

A disponibilidade média de escritórios na Europa manteve-se em 9,3% no terceiro trimestre de 2025, com a oferta de espaços prime frequentemente abaixo dos 3% em diversas praças, condição que continua a pressionar as rendas em alta. O aumento das rendas prime foi liderado por zonas centrais como o West End de Londres (+17% homólogo), Frankfurt (+13%) e o distrito financeiro de Paris (+13%).

A Savills regista ainda uma subida marginal da taxa média de ocupação, de 60% para 61% no último ano, nível ainda inferior ao patamar pré-pandemia (70%). A exigência crescente das empresas por presença física — visando coesão de equipas e colaboração — tem contribuído para este ligeiro impulso, realça o estudo.

Sobre as perspetivas para 2026, Christina Sigliano, EMEA Head of Global Occupier Services da Savills, diz que se espera “um aumento gradual da ocupação, à medida que os ocupantes retomam a sua atividade, apesar da incerteza geopolítica”. Acrescenta ainda que “a escassez de oferta de produto prime nas principais zonas centrais de negócios deverá continuar a sustentar o crescimento das rendas e a despertar, progressivamente, o interesse dos promotores ao longo de 2026”.

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