Inditex e H&M perdem valor em bolsa com conflito na Ucrânia

A espanhola Inditex e a sueca H&M sofreram uma perda significativa de valor nas cotações da bolsa esta quinta-feira. Após se posicionarem contra a invasão da Ucrânia, os grupos caíam, esta manhã 6% e 10%, respetivamente.
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Os grupos têxteis Inditex e H&M estão em queda na bolsa de valores desde que se posicionaram contra a invasão à Ucrânia, suspendendo as suas vendas na Rússia. Esta quinta-feira houve uma perda significativa de valor nas cotações, que caíram para os níveis de 2020, quando a pandemia de covid-19 se intensificou, levando ao fecho das lojas.

A H&M é a mais lesada, caindo cerca de 4% esta manhã, depois de anunciar ontem à tarde que vai suspender temporariamente as vendas na Rússia. À comunicação social, a empresa expressou a sua "profunda preocupação com os trágicos desenvolvimentos na Ucrânia" e dizendo que "apoia todas as pessoas que estão a sofrer". "A H&M decidiu suspender temporariamente todas as vendas na Rússia" e "as lojas na Ucrânia já foram temporariamente fechadas devido à segurança dos clientes e colegas"., anunciou cadeia sueca. Desde que se deu a invasão no dia 24 de fevereiro, as ações da H&M caíram cerca de 10%, voltando para os níveis de outubro de 2020.

Já a Inditex caía esta manhã quase 2%, para cerca de 22,3 euros por ação, tendo desvalorizado mais de 6% na última semana. Contrariamente à H&M, a empresa espanhola não tomou uma decisão sobre as suas operações na Rússia, que ainda estão ativas.

Este não é um "mercado qualquer", afirmam os dois grupos ao jornal espanhol Cinco Dias. No final do ano fiscal de 2021, a H&M inaugurou sete lojas na Rússia, ficando com um total de 168 lojas neste território, o sétimo maior em número de lojas. Relativamente às vendas neste mercado, atingiram 730 milhões de euros no ano passado.

No caso da Inditex, a Rússia é o segundo país do mundo onde tem mais lojas físicas (527), atrás de Espanha. Em janeiro de 2021, tinha mais de nove mil trabalhadores, o segundo maior número, novamente, depois do mercado espanhol. Na Bielorrússia, outro país sujeito a sanções pelo seu apoio à Rússia no conflito, tem 13 lojas, enquanto na Ucrânia tem 79, todas elas já fechadas desde o início da invasão.

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