O IPAM - Marketing Business School vai assinalar os 40 anos de existência com a apresentação, na segunda-feira, de um Manifesto do Marketing. Daniel Sá, o diretor executivo da instituição, explica que o IPAM convidou um conjunto de 30 personalidades, entre académicos de outras instituições de ensino, profissionais de marketing, criativos, publicitários, diretores de marketing, presidentes de empresas e diretores-gerais para definir as tendências do marketing para os próximos dez anos. Os publicitários Carlos Coelho e Edson Athayde, e o empreendedor Tim Vieira, por exemplo, foram algumas das figuras ouvidas.
Quando questionado sobre essas mesmas tendências a resposta imediata foi: tecnologia. “Não a tecnologia por si só, mas todo o impacto que a tecnologia vai ter na sociedade, não apenas no que são as ferramentas de marketing, na atividade de marketing, mas sim na nossa vida enquanto cidadãos”, explica Daniel Sá.
O diretor executivo do IPAM lembra que nunca na história da humanidade as coisas evoluíram tão rapidamente. E isto obriga, antes de tudo, os professores a aprenderem coisas novas e a estarem a par da evolução para, depois, formarem os alunos.
E esse é precisamente o desafio das instituições de ensino, considera, apontando para alguns desafios. “O circuito de lançamento de um curso novo em Portugal é um circuito que demora cerca de dois anos, entre a preparação do curso, a submissão, a aprovação e ele entrar em funcionamento”. Isto significa que “se pensamos numa licenciatura de três anos, se hoje decidirmos idealizar um curso, ele terá os seus primeiros diplomados daqui a cinco anos”. Ou seja, nessa altura corre-se o risco de as matérias já estarem desatualizadas. O que obriga a “um esforço de atualização absolutamente impressionante”. Sendo que, no caso do IPAM, “não é de atualização, é de antecipação”.
Relembrando o passado, o executivo constata que a instituição passou de ser algo desconhecida e periférica para assumir uma figura de centralidade no marketing nacional. Seguiu o modelo dos Estados Unidos, onde os cursos de marketing surgiram, pela primeira vez, há cerca de 50 anos.
A história da fundação do IPAM é “uma mistura de pioneirismo com alguma loucura e disrupção”. Não só era um tema novo como, na altura, não havia marcas.
Este constante esforço de atualização e antecipação é reforçado pela ligação que a instituição tem com os seus antigos alunos - alguns deles hoje professores - e com as empresas. Uma ligação que Daniel Sá apelida de “fator crítico de sucesso”.
O diretor executivo do IPAM explica que nos campus de Lisboa e Porto a instituição tem permanentemente os alunos a fazer atividades com casos reais das empresas. O que, “para além de nos dar a dose de realidade, traz-nos também este benefício de estarmos sempre up to date, up to market do que é que são as necessidades”.
Feitas as contas, em 40 anos de atividade, o IPAM avança que formou mais de 20 mil profissionais na área do marketing, com uma taxa de empregabilidade superior a 95%.