
Os juros dos novos depósitos a prazo caíram, em agosto, pelo oitavo mês consecutivo. A taxa média passou de 2,63% em julho, para 2,57% em agosto, revelou esta quarta-feira o Banco de Portugal (BdP).
Em agosto, verificou-se uma redução de 995 milhões de euros no montante de novas operações de depósitos a prazo de particulares, totalizando 11 564 milhões de euros.
Segundo o BdP, o montante de novas operações manteve-se elevado, devido à "reaplicação em novos depósitos a prazo de montantes anteriormente aplicados em depósitos deste tipo, e que atingiram a maturidade em agosto sem renovação automática".
A taxa de juro média dos novos depósitos no conjunto dos países da área do euro caiu 0,04 pp, uma queda inferior à verificada em Portugal, assinala o BdP.
Nos novos depósitos com prazo até 1 ano, o juro médio diminuiu 0,07 pontos percentuais (pp), para 2,58%. É a classe com a remuneração média mais elevada e representou 97% dos novos depósitos em agosto.
Já a remuneração média dos novos depósitos de 1 a 2 anos aumentou, de 1,99% para 2,23%. A taxa média dos novos depósitos a mais de 2 anos passou de 1,97% para 2,11%.
Renegociações de crédito à habitação caem
As novas operações de empréstimos aos particulares totalizaram 2647 milhões de euros em agosto, um aumento de nove milhões face a julho, valor que inclui contratos novos e renegociados.
Nos novos contratos de empréstimos a particulares verificou-se um crescimento de 159 milhões de euros, para 2215 milhões. Para habitação, atingiram 1545 milhões de euros, um aumento de 258 milhões de euros face a julho, representando o valor mais elevado desde março de 2022.
Já o montante de novos contratos destinados a consumo caiu 46 milhões de euros, para 471 milhões, e para outros fins desceu 53 milhões de euros, para 198 milhões.
As renegociações de crédito diminuíram 150 milhões de euros, para 433 milhões de euros, redução justificada, em grande parte, por uma menor procura no segmento do crédito à habitação. As renegociações com a banca diminuíram 145 milhões de euros, para 400 milhões de euros.
O juro médio das novas operações de crédito à habitação desceu de 3,72% em julho, para 3,53% em agosto. Em simultâneo, a taxa média dos novos contratos de crédito à habitação diminuiu 0,13 pp, fixando-se em 3,43%. Nos contratos renegociados, a taxa de juro média decresceu 0,16 pp, para 3,93%.
No conjunto dos países do euro, a taxa de juro média das novas operações de empréstimos à habitação diminuiu 0,01 pp, menos do que a verificada em Portugal, fixando-se em 3,69%. Portugal apresentou a sexta taxa de juro média mais baixa, ficando abaixo da média da zona euro.