Lisboa eleita como melhor local para trabalho remoto

Relatório da Savills revela que Lisboa está em primeiro lugar mas há mais também o Algarve está presente no <em>ranking</em>. Miami e Dubai completam o top3.
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A consultora imobiliária Savills realizou um relatório no qual revela que Lisboa está em primeiro lugar no ranking dos 15 melhores locais para se trabalhar remotamente. Um dos principais fatores que levam à escolha do local para trabalho remoto é o clima quente, revela a imobiliária em comunicado.

O ranking é realizado pelo Savills Executive Nomad Index que analisa e classifica estes destinos para os colaboradores que exercem funções de forma remota.

Outra das regiões portuguesas que está no ranking é o Algarve, que ocupa a 4º posição, por oferecer as mesmas condições que a capital mas com mais sol e praia.

Já no período pré-pandemia, a capital do País era um destino eleito pelos "nómadas digitais" devido às suas condições climatéricas e por ter um custo de vida competitivo, revela a consultora internacional. Os dados apresentados avançam também que a capital tem níveis de poluição baixos, boas acessibilidades e conexões, no que toca a transportes, e reforçam que o aeroporto está perto do centro, lê-se na mesma nota.

A cidade de Barcelona, da vizinha Espanha, está em 6º lugar no relatório, devido à conectividade via aérea e ferroviária.

Depois, nos Estados Unidos está a cidade de Miami que ocupa a 2ª posição no ranking, devido ao clima quente e às praias, o Dubai, Emirados Árabes Unidos, em 3º lugar, devido à conectividade aérea, alcançando mais de 100 países, com um total de mais de 240 destinos. O ranking termina com a 15ª posição ocupada pela ilha Barbados devido à rapidez na internet nas Caraíbas.

Devido à pandemia, o local de trabalho sofreu mudanças, passando de um espaço onde os trabalhadores estão no escritório frente-a-frente, para um formato mais digital, considerado mais produtivo e com novas experiências.

O diretor residencial da Savills Portugal, Ricardo Garcia, afirma que "os jovens profissionais alugam pequenos apartamentos no centro da cidade. Mas, por outro lado, as famílias procuram casas maiores em Lisboa ou Cascais, uma comunidade à beira-mar próxima de escolas. Os empresários da área da tecnologia são atraídos por Lisboa ser um centro tecnológico. Os custos imobiliários são baixos e existe uma forte reserva de talentos locais, sendo que as empresas estão a mudar a sua sede para Portugal, estando a cidade a tornar-se cada vez mais internacional. Não vejo Lisboa ou Portugal a abrandar tão cedo".

O chefe da Savills World Research, Paul Tostevin, relembra que "desde que existam boas ligações em termos de viagens e que a internet seja fiável, os indivíduos e as famílias estão motivados para se relocalizarem e priorizarem a saúde, o bem-estar".

Para os colaboradores da empresa que adotem este modelo de trabalho, a consultora faculta um programa de vistos de "nómadas digitais". No caso dos Estados Unidos e dos países europeus, estes já permitem a livre circulação de pessoas para viverem ou trabalharem.

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