Lucro da Novabase recuou 63% em 2020 para 7,5 milhões de euros

No ano passado, o lucro da Novabase recuou 63,3% para os 7,5 milhões de euros. O volume de negócios subiu para 125 milhões de euros.
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Em informação enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Novabase dá conta de um recuo de 63,3% do lucro em 2020, que atingiu os 7,5 milhões de euros. Em 2019, a tecnológica portuguesa tinha registado lucros de 20,4 milhões de euros.

O volume de negócios em 2020 subiu 10% em termos homólogos, para um montante de 125 milhões de euros. Por distribuição geográfica, a Novabase indica que o mercado português representou 44,8% do volume de negócios e o mercado externo 55,2%. Comparando com 2019, o mercado nacional ganhou peso, com uma subida de 2 pontos percentuais.

Já por segmento, o negócio da Next-Gen representou 73% do volume, contra 27% para o Value Portefolio. A empresa indica que a Europa e o Médio Oriente representaram 88% do volume internacional do negócio Next-Gen.

O EBITDA situou-se nos 11,8 milhões de euros.

Na mensagem de João Nuno Bento, o CEO da Novabase, é destacada "uma performance robusta" ao longo de 2020. "Concluiu três movimentos de M&A estratégicos, simplificou as operações do Next-Gen e alcançou um desempenho financeiro sólido, que superou as expectativas num contexto de pandemia".

A empresa reafirma "o compromisso de distribuir 1,5 euros/ação no ciclo estratégico 2019-2023". A tecnológica avança que não irá pagar dividendos, indicando que o Conselho de Administração "não irá propor qualquer remuneração acionista na próxima assembleia-geral", justificando a decisão com "a incerteza que ainda envolve o panorama económico".

A Novabase terminou 2020 com 1740 trabalhadores. Comparando com 2019, o número de trabalhadores recuou 2%, "em linha com a reorganização da gestão e sinergias esperadas". Em 2019 a tecnológica tinha 1773 trabalhadores.

Covid-19 sem "efeitos relevantes"

Na apresentação enviada à CMVM, a Novabase indica que "em termos dos impactos no ano de 2020, não foram observados efeitos relevantes da Covid-19 nas métricas financeiras, exceto um ligeiro efeito na performance do negócio de IT staffing fora de Portugal (coincidente com confinamentos estritos)". A nível de estratégia, a empresa indica que "executou com sucesso marcos importantes na sua transformação".

A tecnológica não esquece que o contexto pandémico continua a ser de elevada incerteza, mesmo que o plano de vacinação global em curso seja uma nota positiva, perante as notícias de confinamentos e novas variantes. "Assim, em termos de impactos futuros, espera-se algum atraso nas iniciativas de M&A e, devido às atuais restrições a viagens, a conquista de novos clientes deverá continuar desafiante".

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