
reestruturar unidade de negócios de pavimento
A Corticeira Amorim registou, no primeiro trimestre deste ano, lucros de 16,1 milhões de euros, uma redução de 32,4% em termos homólogos, adiantou o grupo, em comunicado.
Segundo o grupo, "esta evolução reflete a inclusão de custos não recorrentes da implementação no curto prazo de um plano de otimização industrial na Amorim Cork Flooring (4,0 milhões de euros), bem como o aumento dos encargos financeiros em consequência do aumento das taxas de juro e do maior nível de endividamento".
A empresa deu ainda conta de que as suas vendas consolidadas caíram 9,7% no mesmo período, para 234,7 milhões de euros, nos primeiros três meses do ano, um valor que foi afetado “pela redução dos volumes de venda”.
“Os primeiros três meses do ano foram afetados por condições de mercado desfavoráveis”, adiantou o presidente da empresa, António Rios de Amorim, citado no comunicado.
O gestor apontou que “perante os efeitos negativos da desalavancagem operacional” e “refletindo uma contração de volumes nos setores” onde opera, bem como tendo em conta “o aumento de preços de consumo de cortiça”, a Corticeira concentrou-se em “aumentar a eficiência industrial, melhorar o ‘mix’ e ganhar quota de mercado”.
Reestruturar unidade de pavimento
A empresa anunciou também que decidiu avançar com a reestruturação da sua unidade de negócios de pavimento, a Amorim Cork Flooring, que incluirá um ajustamento da estrutura produtiva, para reduzir as perdas operacionais.
No mesmo comunicado onde deu conta dos resultados do primeiro trimestre deste ano, o grupo começou por explicar que “influenciado pelo contexto económico que afeta o setor da construção e pela intensificação da concorrência de produtores asiáticos, o mercado de pavimentos na Europa enfrentou reduções de vendas de 14% em 2022 e de cerca de 20% em 2023, registando perdas significativas que têm levado os grandes ‘players’ do setor a implementar medidas para redução de custos”.
Segundo o grupo, este “contexto desfavorável penalizou também a atividade e os resultados da Amorim Cork Flooring que, nos últimos anos, tem apresentado prejuízos que se agravaram nos primeiros meses de 2024”.
Assim, e considerando “a inexistência de sinais de recuperação da indústria de pavimentos e as atuais debilidades competitivas da Amorim Cork Flooring” o grupo decidiu “iniciar um processo de reestruturação desta unidade de negócios que implica, numa primeira fase, o ajustamento da sua estrutura produtiva e de suporte à dimensão atual das vendas, de forma a reduzir as perdas operacionais e aumentar a eficiência pela otimização industrial”.