Luís Laginha de Sousa: Privatização dos CTT e da TAP deve passar pela Bolsa

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A privatização dos CTT e da TAP deve

passar pela Bolsa de Lisboa, disse hoje à agência Lusa o presidente

daquela entidade, defendendo que essa a decisão do Governo seria

"importante para dinamizar o mercado" de capitais

português.

Luís Laginha de Sousa entende que o processo de privatização

destas duas empresas "ainda vai a tempo de passar pela Bolsa de

Lisboa", total ou parcialmente, e que tal "seria benéfico

para todos" e permitiria "o mercado crescer no seu

conjunto".

O responsável sublinha que "quem tem todos os elementos para

poder decidir é o acionista, que é o Estado", mas que a Bolsa

veria esse processo como "um ponto importante".

As declarações de Luís Laginha de Sousa foram realizadas no

final de uma cerimónia na qual a Bolsa de Lisboa e os empresários

da região de Leiria assinaram um protocolo de colaboração e

parceria para trazerem novas empresas para o mercado Alternext,

dedicado às Pequenas e Médias Empresas (PME).

O acordo, assinado na sede da Nerlei -- Associação Empresarial

da Região de Leiria, prevê que a NYSE Euronext Lisbon identifique

empresas associadas à estrutura representativa dos empresários

leirienses que estejam interessadas no mercado de capitais.

Já a Nerlei deverá informar os seus associados sobre a opção

de financiamento através da bolsa portuguesa.

Segundo a NYSE Euronext Lisbon, a entrada no mercado Alternext

pode ser uma solução para as PME portuguesas que desejem aceder de

forma simplificada ao mercado de capitais de modo a obterem

financiamento, diversificar a sua estrutura acionista ou colocar

dívida sob a forma titulada.

"Este protocolo dá suporte formal à cooperação entre a

Bolsa e uma entidade que, pela natureza da sua atividade e

capacidade, é uma importante interveniente num esforço coletivo de

sensibilização e mobilização das empresas, particularmente as

PME, de modo a que estas não limitem as suas ambições de

desenvolvimento e equacionem outras formas de acederem aos meios que

necessitam, como é o caso do mercado de capitais", sustenta o

presidente da Bolsa de Lisboa.

Por seu lado, o presidente da direção da Nerlei, Jorge Santos,

admite que "a capitalização e o acesso ao financiamento são

sem dúvida um dos maiores constrangimentos que as PME enfrentam"

e, por isso, cabe à associação apoiar os empresários "na

procura de alternativas de financiamento ao crédito bancário".

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