O endividamento do setor não financeiro, que reúne administrações públicas, empresas e particulares, aumentou em maio em cerca de 7.936 milhões de euros, para 839.136 milhões de euros, anunciou esta quarta-feira, 23 de julho, o Banco de Portugal (BdP).No final de maio, o endividamento do setor privado, que inclui empresas e particulares, representava cerca de 465.081 milhões de euros, enquanto perto de 374.056 milhões de euros diziam respeito ao setor público – composto por administrações públicas e empresas públicas.No quinto mês do ano, o endividamento do setor privado, face a abril, cresceu 3.512 milhões de euros, e 2,9% em termos homólogos, fruto dos aumentos de 2.329 milhões de euros das empresas e de 1.183 milhões de euros dos particulares.Segundo o BdP, o endividamento das empresas cresceu cerca de 2.329 milhões de euros, “refletindo aumentos perante o setor financeiro (1,6 mil milhões de euros) e o exterior (0,7 mil milhões de euros)”.Já o aumento do endividamento dos particulares, na ordem dos 1.183 milhões de euros, deu-se “principalmente por via do crédito à habitação, à semelhança dos meses anteriores”.Assim, no final de maio, o endividamento das empresas privadas representava 300.700 milhões de euros e o dos particulares 164.380 milhões de euros, o equivalente a subidas homólogas respetivas de 1,3% e 6,1%.No setor público, o aumento de 4.424 milhões de euros ocorreu sobretudo junto do exterior (3,4 mil milhões de euros), através da compra de títulos de dívida pública de longo prazo por não residentes.A dívida do setor público também cresceu junto de administrações públicas (perto de 400 milhões de euros), particulares (300 milhões de euros) – pela subscrição de certificados de aforro – e de empresas não financeiras (300 milhões de euros).No final de maio, a dívida do setor público representava 374.056 milhões de euros, mais 4,0% em termos homólogos,No mês em análise, o endividamento das empresas privadas teve uma taxa de variação anual (tva) – que exclui o impacto das variações que não tenham sido motivadas por transações propriamente ditas – de 1,8%, relativamente ao mesmo mês de 2024, acelerando face aos 1,0% de abril.Já entre os particulares, a tva subiu 6,1%, atingindo o maior valor desde o início da série, e acelerando face aos 5,6% de abril, tendo o BdP assinalando que esta taxa tem subido desde o final de 2023.