Mais de 73 mil famílias recorreram nos primeiros dias de março à Segurança Social para obterem o apoio excecional à família devido à suspensão das aulas presenciais nas escolas, já depois da flexibilização a medida que permitiu aos pais em teletrabalho obterem apoio para acompanharem menores que frequentem até ao primeiro ciclo, segundo dados do Gabinete de Estudos e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho..Contudo, o regresso destes menores à escola, nesta segunda-feira, deverá invalidar muitos dos pedidos de apoio feitos, remetidos primeiro por pais aos empregadores e, depois, enviados por estes à Segurança Social. O prazo para pedir o apoio termina também hoje..Nos dados do GEP, a Segurança Social recebeu até à última quarta-feira 73 582 pedidos para o apoio que abrange famílias com menores de idades inferiores a 12 anos, ou de outras idades tendo deficiência ou doença crónica. Os dados, ainda incompletos, refletem um aumento ligeiro dos números face a fevereiro, antes da abertura do apoio a famílias em teletrabalho. Nesse mês, a Segurança Social recebeu 68 320 pedidos de apoio..A subida reflete um maior recurso à medida por parte de trabalhadores por conta de outrem, sendo que o número de pedidos de apoio por trabalhadores independentes e do serviço doméstico era até quarta-feira inferior ao registado em fevereiro..Apesar da reabertura das creches, pré-escolar e primeiro ciclo, o apoio irá manter-se para pais com menores no quinto e sexto anos de escolaridade que ainda não tenham completado 12 anos, bem como para famílias com filhos com deficiência ou doença crónica..Desde final de fevereiro, esta prestação extraordinária cobre 100% do salário base de trabalhadores de famílias monoparentais, e também daquelas que alternem o dever de cuidados a menores entre os dois progenitores, no caso de casais.