Esperar para ver. A reação do Presidente da República aos valores do crescimento da economia foi cautelosa, alertando que é preciso esperar para ver se os valores se mantém até ao final do ano.
O Instituto Nacional de Estatística publicou hoje a sua estimativa rápida com dados que apontam para um crescimento de 1,6% da economia no terceiro trimestre (quando comparado com igual período de 2015) e 0,8% em cadeia (ou seja, face ao trimestre anterior). Os dados do Eurostat, também divulgados esta manhã, mostram que a economia portuguesa foi a que mais cresceu na zona euro entre julho a setembro de 2016, a par com a Bulgária, quando comparado com o trimestre anterior.
"Eu tinha dito, há uns tempos atrás, que havia razões para esperar uma boa execução orçamental e porventura sinais em matéria de economia. Vamos ver é se se mantém até ao fim do ano", defendeu Marcelo Rebelo de Sousa, à margem de um colóquio na Fundação Calouste Gulbenkian.
Já do lado do Governo, os números foram recebidos sem grande surpresa. “Ainda que constituindo excelentes notícias para todos os agentes económicos, estes dados não surpreendem”, refere o gabinete do ministro das Finanças, Mário Centeno em comunicado.
“Os indicadores de confiança, coincidentes e avançados de várias instituições já faziam prever uma aceleração da atividade económica”, lê-se ainda no documento. O Ministério das Finanças relembra também que “o crescimento foi sustentado nas componentes externa e interna e no forte crescimento do emprego”, realçando que “a confiança e o emprego são os dois pilares do modelo de crescimento equilibrado que Portugal deve seguir”.