Marcelo pressiona Governo a avançar com apoios para famílias e empresas

O Presidente da República lembra que está muito próximo o fim da preparação do Orçamento do Estado e que ainda não são conhecidas as medidas prometidas pelo primeiro-ministro. Quanto ao regresso ao mercado regulado do gás natural, o Chefe de Estado espera que a alteração ao decreto chegue a Belém na próxima semana.
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, recordou esta sexta-feira que, no início do verão, o primeiro-ministro, António Costa, prometeu que, em setembro, iria anunciar mais medidas para as famílias e empresas de forma a mitigar os impactos da inflação, que em julho se fixou nos 9,1%, um novo máximo.

"Vale a pena esperar pelo pacote global tal como já foi anunciado pelo Governo no início do verão", sublinhou Marcelo, à margem de uma visita à Feira do Livro do Porto. E acrescentou: "Estamos a aproximar muito do fim da preparação do Orçamento do Estado para o próximo ano. Por norma, em meados de setembro, esse trabalho já está muito avançado. Setembro talvez seja esse o tempo para a visão de conjunto para mitigar aquilo que está a pesar mais na vida dos portugueses".

O Chefe do Estado frisou que "normalmente os mais sacrificados são os mais vulneráveis, os que têm menor poder de compra", chamando especialmente atenção para este grupo populacional. Sobre o grau dos apoios que podem vir a ser tomados, Marcelo não se quis adiantar, afirmando apenas que "vão depender do agravametno da situação, de quanto tempo demora a guerra e a consequência nos preços dos produtos".

Sobre a possibilidade de os portugueses poderem regressar ao mercado regulado do gás natural, medida anunciada esta quinta-feira pelo ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, Marcelo Rebelo de Sousa disse apenas que o diploma "há de ser aprovado e exige promulgação do Presidente da República. O Chefe de Estado revelou que o decreto "ainda não chegou a Belém", mas espera "que chegue na semana que vem".

Marcelo voltou a lembrar que outros países "europeus optaram por uma solução fiscal", através da descida do IVA da energia. "No caso português, optou-se por uma parte da questão que é permitir aos portugueses regressar ao mercado regulado". "Falta saber como é feita a regulação", concluiu.

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