"Na cena pública há mais de 40 anos, poucos terão sido tão escrutinados como eu ", disse o ex-presidente do PSD durante o seu discurso de candidatura, lembrando os cargos políticos que desempenhou.
Da sua experiência pessoal, como pai de dois filhos e avô de cinco netos, a maioria a viver no Brasil, destacou saber muito bem "o que custa a distância", referindo-se ao milhares de portugueses obrigados a emigrar.
Do seu carisma, destacou a "independência e liberdade de crítica", salientando que os portugueses sabem onde está e onde esteve "antes e depois de 1974"..
Do seu percurso no partido, onde é filiado número 3, destacou a liderança do PSD num período muito complicado e ter viabilizado dois orçamentos.
O seu passado político permitiu-lhe dizer que conhece "por dentro e por fora o poder central e local". E também a constituição portuguesa - acompanhou duas revisões constitucionais - e o papel do Presidente da República.
Em relação ao país, frisou a necessidade de "uma convergência alargada sobre aspetos fundamentais do regime", recusando a "ingovernabilidade crónica" e sem horizontes. Mas salientou que a estabilidade tem que estar ao serviço de um objetivo maior de combate à pobreza e justiça social.
Para Marcelo Rebelo de Sousa, candidatar-se a Belém é "pagar ao país o que dele recebeu". "É tempo de pagar esta dívida moral ou teria por toda a vida o remorso de falhar por omissão", afirmou disposto a "construir pontes" e não a criar fortalezas ou barreiras numa "caminhada por Portugal".