Mercado português é "dinâmico" mas enfrenta "alguns desafios", alerta Blackrock

Portugal é "um caso de resiliência macroeconómica", mas enfrenta "dívida pública ainda elevada e envelhecimento demográfico", sublinha o responsável da gestora de ativos em Portugal.
André Themudo, Responsável pelo negócio da BlackRock em Portugal
André Themudo, Responsável pelo negócio da BlackRock em Portugal
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O mercado de capitais português enquadra-se num cenário "bastante positivo", no qual são necessárias, ainda assim, "reformas contínuas". A garantia é do responsável da Blackrock em Portugal, André Themudo.

Numa reunião com jornalistas realizada em Lisboa, o próprio traçou perspetivas para 2026 sobre os mercados mais promissores, tendo deixado nota de que a Blackrock se mantém otimista sobre o caso português.

O evento é organizado pela gestora de ativos duas vezes por ano. Ali, são partilhadas perspetivas de alocação de ativos e perspetivas económicas. A reunião teve por base um relatório elaborado pelo Blackrock Investment Institute, formado por mais de 100 macroeconomistas e gestores de fundos da empresa.

O otimismo sobre Portugal resulta de um ponto de partida sobre as economias europeias. Nestas, explica, há "três setores de que gostamos: financeiro, infraestruturas e saúde. Ora, a Blackrock entende que os mercados acionistas ibéricos contam com representação significativa dos mesmos, pelo que vê potencial em Portugal e Espanha.

Portugal mostra "resiliência" mas debate-se com dívida pública "ainda elevada"

A Blackrock olha a economia nacional com "bons olhos". Na origem desta posição estão o "crescimento acima da média da zona euro, baixa inflação face aos países pares e mercado acionista dinâmico", a que junta um cenário estabilidade política e o setor do turismo como motor do crescimento, esclarece.

No que diz respeito ao Portugal e ao mercado português, "continuamos positivos", já que se trata de "um caso de resiliência macroeconómica", aponta o responsável pela Blackrock no país.

Por outro lado, há "desafios", num cenário de "dívida pública ainda elevada, envelhecimento demográfico e ganhos de produtividade modestos em alguns setores de atividade". Neste contexto, o quadro é "bastante positivo para Portugal e Espanha, mas exige uma gestão prudente e reformas contínuas", assinala.

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