Os mercados estão mais crentes de que a Fed vai baixar as taxas de juro de referência na reunião de dezembro. Em consequência, as negociações por futuros de ouro estão no patamar mais alto das últimas duas semanas.Depois de atingirem um máximo histórico pela último vez a 20 de outubro, quando se aproximaram dos 4.400 dólares por onça, os futuros do minério não viveram um ambiente tão positivo nas semanas seguintes. Ainda assim, aproxima-se a última reunião de 2025 no banco central dos EUA, agendada para 9 e 10 de dezembro, onde um corte parece cada vez mais provável. Pelo menos a julgar pelo comportamento dos mercados, que já descontam, em certa medida, essa possível decisão.Minério em máximos de duas semanasA estabilização da situação na Ucrânia, fruto do eventual acordo de paz, assim como o menor foco no shutdown do governo dos EUA, leva a maior tranquilidade dos investidores. Ora, visto que o ouro funciona como reserva de valor, o que significa que beneficia de cenários de instabilidade, as negociações não estão a dar sequência à escalada que foi tendência desde o início de 2025.Assim sendo, os futuros de ouro estão nos 4.206,70 euros, o que significa uma valorização de 1% na sessão desta quarta-feira, 26 de novembro. Está em causa uma subida de 3,5% desde o início da semana, que coloca as negociações no patamar mais alto desde dia 13 de novembro. Na mira dos mercados parece estar a próxima reunião da Fed.Dezembro pode trazer corte nos jurosA segunda semana de dezembro reserva a última reunião da Reserva Federal em 2025. No dia 10, quarta-feira, Jerome Powell vai anunciar a decisão tomada pelos responsáveis.Ora, os mercados estão a descontar, cada vez mais, um eventual corte nas taxas de juro de referência. Em causa estão estimativas que apontam para uma redução de 25 pontos base, para entre 3,50% e 3,75%. Na origem estão sinais macroeconómicos de enfraquecimento da economia norte-americana. No que respeita às vendas a retalho, houve um crescimento de 0,2% em setembro (abaixo da estimativa de 0,4% e do registo de 0,6% em agosto). Ao nível da confiança do consumidor, houve um recuo até aos 88,7 pontos em novembro (face a 93,3 estimados e 95,5 em outubro).Nvidia salva o trimestre, mas Fed e criptomoedas mantêm a incerteza global.Manutenção das taxas de juro pelo BCE dá margem de reação, segundo o BdP