
A Fujifilm Portugal, consciente de que a revolução digital está em plena marcha e atinge todas as atividades, está apostada em alargar a sua oferta de máquinas de impressão digital ao segmento escritórios. A entrada neste mercado está prevista para 2026 e permitirá duplicar o volume de vendas do departamento gráfico e de impressão no país. A área de produção (gráficas) terá também um papel determinante neste crescimento. As previsões de Filipe Marques, diretor da unidade de Graphic Communication da sucursal portuguesa do grupo nipónico, apontam para um volume de negócios a rondar os 20 milhões de euros, em 2030.
Como explica, será uma estreia da Fujifilm Portugal no segmento escritórios, mas os 100 milhões de euros que vale atualmente este mercado em Portugal justificam a entrada. E como o grupo japonês é já produtor de um “portfólio completo de impressoras digitais” para este nicho, “vale a pena apostar”. A empresa prepara-se para contratar um responsável para lançar este novo negócio, que terá de criar uma equipa de 10 pessoas nos próximos dois anos. O objetivo é vender a distribuidores, que farão o contato direto com clientes dos setores privado e público.
Esta é parte de uma estratégia que integra ainda a mudança da impressão offset (tecnologia de chapa) para soluções digitais. Para Filipe Marques, as gráficas têm de fazer esta passagem. E o grupo japonês tem um vasto leque de soluções - impressão a jato de tinta, printing on demand (impressão a pedido), grandes formatos -, e de preços. Tudo depende do objetivo e da dimensão da empresa. Há máquinas de 10 mil euros e outras que custam 1,5 milhões de euros, adianta.
Em Portugal, a Fujifilm distribuiu também soluções para as áreas de imagem e médica, sendo esta última a mais relevante na operação. No ano fiscal de 2024, a sucursal faturou 55,6 milhões de euros, mais do que duplicando o volume de vendas face a 2021 (26,2 milhões). Emprega no país 170 pessoas.