O Esporão está a ganhar força na região dos vinhos verdes graças à aposta efectuada em 2019 com a compra da secular Quinta do Ameal, em Ponte de Lima. E essa dinâmica assenta na casta autóctone Loureiro, a única plantada nos 14 hectares de vinha da propriedade. Segundo António Roquette, diretor da área de turismo do grupo português, as uvas têm “uma maturação ideal” devido à implementação da quinta num vale da sub-região do Lima. É uma posição geográfica que lhes confere “proteção da influência do Atlântico e garante vinhos de qualidade excepcional”, diz.Na Quinta do Ameal, o Esporão está a produzir as marcas Bico Amarelo (gama de entrada, que reúne uvas Loureiro, Alvarinho e Avesso), Solo Único, Ameal Loureiro e Ameal Reserva (estas três só com a casta da quinta). São produções de pequena dimensão, excepção feita ao Bico Amarelo que lança no mercado cerca de 400 mil garrafas por ano. Em geral, são vinhos leves e frescos, numa resposta à atual demanda dos consumidores. António Roquette assinala que “têm um potencial de envelhecimento extraordinário”. A confiança na versatilidade da casta Loureiro e no potencial do vinho verde - aliás, da região do vinho verde, porque todos os vinhos são maduros, frisa António Roquette -, tem conduzido o grupo a alguns ensaios que podem depois materializar-se em novas produções. Um exemplo é o novo Bico Amarelo Tinto, vinho da casta Padeiro de Basto, que saiu para surpreender o mercado. O grupo está também a testar um vinho doce e um espumante. Estes ensaios, são lançados sob a marca Fio da Navalha..A aposta na região dos vinhos verdes foi acompanhada pela exploração turística da Quinta do Ameal, uma propriedade do século XVIII, mas que já é identificada num mapa do século XIII. A oferta integra alojamento, gastronomia, prova de vinhos e inúmeras atividades de natureza. Como explica António Roquette, a Casa Grande tem três suítes (Camélia, Glicínia e Jardim) com quarto de casal, cozinha e sala. Há ainda a Casa da Vinha, com duas suítes, sala, cozinha e um alpendre com barbecue.Os portugueses são os principais clientes da Quinta do Ameal, que também recebe muitos turistas do Brasil e EUA, origens onde as marcas do Esporão têm notoriedade. António Roquette sublinha que o potencial turístico “é enorme”, dada a riqueza da região e a fortíssima identidade. Há pouco mais de um mês, foi distinguida como melhor alojamento nos prémios Best Of Wine Tourism 2026. Apesar de solicitados, o grupo não revelou o valor dos investimentos com a aquisição e melhoramentos da propriedade, nem volumes de faturação. .Comunidade portuguesa do BNI garantiu mais de 175 mil negócios.Vila Baleira reforça em Porto Santo com abertura de um hotel de luxo