A Nokia justifica o processo de despedimento coletivo em Portugal "de até 142 posições" com a redefinição da base de custos, disse hoje à Lusa o porta-voz da tecnológica, referindo estar empenhada "em apoiar" todos os afetados..Na quarta-feira, fonte da Direção-Geral do Emprego e Relações de Trabalho (DGERT) disse à Lusa que "aguarda a constituição da comissão representativa" dos trabalhadores abrangidos pelo despedimento coletivo da Nokia Portugal para agendar a primeira reunião.."No seguimento dos anúncios feitos em outubro de 2023, bem como no primeiro trimestre de 2021, para redefinir a nossa base de custos, a Nokia está a iniciar um processo de despedimento coletivo em Portugal de até 142 posições, em alinhamento com todos os requisitos regulamentares e legais", confirmou hoje o porta-voz da empresa.."A redefinição da base de custos é um passo necessário para nos ajustarmos ao ambiente macroeconómico desafiante e para garantir a nossa rentabilidade e competitividade a longo prazo" e "continuamos confiantes nas oportunidades futuras", prosseguiu a mesma fonte, que assumiu que "as decisões empresariais mais difíceis são aquelas que impactam as nossas pessoas"..A Nokia sublinha que tem "colaboradores extremamente talentosos"..E "estamos empenhados em apoiar todos os que são afetados por este processo", concluiu a mesma fonte..Neste momento, "a DGERT aguarda a constituição da comissão representativa dos trabalhadores abrangidos pelo despedimento coletivo para agendamento da primeira reunião da fase de informações e negociação"..Paralelamente, "está a articular com o IEFP [Instituto de Emprego e Formação Profissional] para acompanhamento dos trabalhadores envolvidos no despedimento coletivo, caso o mesmo se efetive", referiu a DGERT..O STT teve conhecimento que a Nokia Portugal está a avançar com um despedimento coletivo que abrange 142 trabalhadores, tendo os trabalhadores envolvidos recebido a intenção por escrito no passado dia 22 de fevereiro.