"O escritório continua a ser fundamental para empresas"

A Avenue está a desenvolver em Lisboa o seu primeiro projeto de escritórios. Apesar da quebra neste mercado em 2020, a promotora quer investir - e também no Porto.
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O diretor geral da Avenue, Aniceto Viegas, faz o balanço do projeto de escritórios Exeo, em Lisboa, e revela intenções de novos investimentos.

Em que ponto está a obra?

O Exeo tem três edifícios, 70 mil m2 divididos por três edifícios, um com 31, outro com 21 e outro com 18 mil. Estamos a desenvolver o primeiro, com 31 mil m2, o Lumnia, que iniciou a construção no início de 2019 e tem conclusão prevista até final de 2021. O investimento global, que inclui as obras de urbanização, é de 190 milhões. Já começámos a fazer as fundações e caves do segundo edifício, mas só o Lumnia está em comercialização.

Como decorre?

Estamos a fechar o arrendamento de cerca de 25% do espaço. Não podemos ainda dar por adquiridos os contratos, estamos na fase final de negociação. São duas empresas, uma com mais peso. Há empresas ainda a estudar espaços. Acreditamos que ainda neste ano teremos arrendamento mais significativo.

A pandemia não teve efeitos negativos neste mercado?

Houve uma quebra no ano passado. As transações passaram dos 180 mil m2 para perto de 120 mil. Houve perda, mas mais pelo adiamento de decisões. As empresas estão a pensar como reorganizar o espaço. É um fenómeno temporário, logo que a pandemia esteja controlada teremos procura relevante. Empresas tradicionais, como consultoras, escritórios de advogados, mantiveram planos de mudança e de expansão. As startups, mais ligadas às tecnologias de informação, que têm mais facilidade em trabalhar de forma remota, estão a repensar o espaço de que vão necessitar.

Em que medida o teletrabalho vai influenciar os escritórios?

Os escritórios vão evoluir. Haverá que incluir no nosso modo de trabalhar o teletrabalho, mas não permanente. Isso terá consequências no desenho do espaço. Terá de haver mais espaço entre pessoas e zonas de partilha. Mas o espaço escritório continua a ser fundamental.

A Avenue vai investir em projetos de escritórios no Porto?

O Porto registou uma excelente dinâmica nestes cinco anos. Vamos olhar para os dois segmentos: residencial e de escritórios.

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