O que procuram os jovens portugueses nas empresas de hoje?

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O que motiva as gerações de jovens portugueses quando enviam um currículo? O que valorizam nas empresas e o que as leva a escolher umas em detrimento de outras? Estas são questões importantes, sobretudo num mercado laboral onde a contratação e retenção de talento qualificado se tem vindo a tornar um verdadeiro desafio. E ainda que o salário seja para três em cada quatro, de acordo com um estudo da Merck , o aspeto mais importante, por cá e no resto da Europa, há valores dos quais os jovens não abdicam e a que as empresas devem estar atentas.

O futuro desejado pelos millennials e a geração Z da Europa serviu de ponto de partida para um estudo Merck, realizado junto de mais de seis mil jovens com idades entre os 18 e 35 anos, de dez países europeus, um dos quais Portugal, e que proporciona reflexões interessantes e, acima de tudo, importantes.

Destaca, por exemplo, a existência de iniciativas ao nível da equidade, diversidade e inclusão nas empresas como fator decisivo para a escolha do envio de um CV para as mesmas. Valores que há muito a Merck reconhece como determinantes, de tal forma que se tornaram parte integrante da nossa cultura, pautada pela diversidade, com equipas heterogéneas ao nível das idades, nacionalidades, educação, géneros; equidade, através do reconhecimento dos direitos de cada um, com justiça, e inclusão, traduzido num esforço para que todos sejam incluídos da mesma forma na empresa e na sociedade.

Porque defendemos que a singularidade de cada pessoa dá vida à curiosidade, não é para nós surpresa que 39% da geração Z e dos millennials portugueses desejem integrar empresas com iniciativas que tenham em conta essa singularidade e que a destaquem. Assim como não é também para nós surpreendente que 25% refiram o compromisso com a sustentabilidade como outro dos fatores decisivos na escolha da empresa, este que é também um pilar estratégico e prioridade da Merck.

Há depois a questão da liderança, que estes jovens desejam que seja transparente, honesta e corajosa, de resto os principais atributos que, para a maioria (49%), definem o chefe/líder ideal. Características com as quais, enquanto líder, me identifico por completo e que norteiam como princípios orientadores o meu percurso.

Mas sei também que a força de um líder se traduz no compromisso com a sua equipa, um compromisso que, para a geração Z, é mesmo o segundo atributo mais importante que um líder deve ter. Mas há outros, partilhados pelas duas gerações: a capacidade de motivar (41%), de criar uma cultura onde haja o reconhecimento do talento (31%), sem nunca esquecer a compaixão e a inspiração (31%).

Conquistar as gerações mais jovens não é fácil, não só por saberem bem o que querem, mas também porque não têm pudor em lutar em nome das suas convicções, que passam cada vez mais por princípios e ideais, mais do que por benefícios materiais. Para as empresas, o futuro passa, inevitavelmente, por trabalhar ao seu lado, alimentando a sua curiosidade para que possa crescer e traduzir-se, cada vez mais, em inovação.

Pedro Moura, Diretor Geral da Merck

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