Ficar em casa por causa da pandemia fez disparar vendas de aspiradores robot e fogões de cozinha, mas também produtos tecnológicos controlados por voz: um salto de 61%, segundo os dados da GfK Portugal. O mercado global de bens tecnológicos de consumo cresceu 2%, impulsionados pelos produtos inteligentes, com um desempenho acima da média: cresceu 24% nos mercados da UE7 (Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Espanha, Holanda e Bélgica).
"A pandemia é a grande impulsionadora de uma digitalização acelerada em casa dos consumidores. A tendência de trabalhar em casa e estudar em casa deu origem a uma procura por produtos tecnológicos, gerando um crescimento de 19% para produtos de Smart Entertainment & Office nos mercados da UE7", refere a GfK em nota de imprensa.
Nos aparelhos inteligentes, as televisões foram as grandes responsáveis pelo aumento de valor. As vendas de headsets inteligentes aumentaram mais de 100% as vendas o ano passado, categoria que "continua com uma elevada procura, impulsionada pelo contínuo confinamento na maioria dos países em estudo", refere a GfK, com base no estudo Market Intelligence Sales Tracking.
As preocupações com a saúde e higiene durante a crise sanitária levaram a uma subida de 41% das vendas da categoria Smart Small Domestic Appliances (SDA) e do Setor de Saúde Inteligente, ou seja, aspiradores, aparelhos de diagnóstico pessoal, gadgets para medir a condição física, pulseiras de atividade. "Foi o segmento de crescimento mais rápido dos países da UE7", destaca a GfK. Os aspiradores inteligentes cresceram 43% em termos de valor.
Estar em casa significou para muitos cozinhar mais levando a uma subida de 71,5% da venda de produtos de "culinária inteligente", com os fogões integrados inteligentes a aumentar 48,2% vendas.
"Alemanha e o Reino Unido são os maiores mercados em valor para produtos inteligentes, sendo que a Holanda liderou o crescimento com um aumento de 44% em valor. Contudo, o crescimento inteligente foi mais significativo no setor de entretenimento e escritório (66% do total de aumentos de valor dos segmentos inteligentes)", refere a GfK Portugal. "A penetração de produtos inteligentes noutros setores permaneceu muito mais baixa."