Paris começa a aplicar esta segunda-feira um limite de velocidade de 30 quilómetros por hora no tráfego na maioria das suas ruas para aumentar a segurança e qualidade de vida na cidade..Segundo avança a agência de notícias espanhola Efe, apenas em algumas ruas principais da capital parisiense vai ser possível conduzir até ao máximo de 50 quilómetros por hora (km/h). O limite de 70 km/h vai manter-se para as estradas da faixa periférica..A redução da velocidade para 30 km/h visa diminuir os acidentes, mas também reduzir os níveis de poluição atmosférica e de ruído na cidade..Na edição de hoje, o jornal francês Le Parisien divulga o resultado de uma sondagem realizada este mês e onde se conclui que 61% dos parisienses estão a favor da limitação a 30 km/h e que 71% dos inquiridos acreditam que a medida aumentará a segurança, principalmente dos "mais vulneráveis, como as crianças, seniores e ciclistas"..A maioria também acredita que a medida pode ajudar a combater as alterações climáticas e diminuir a poluição sonora..Apenas 34% dos habitantes da capital francesa possuem carro, ou seja, grande parte dos carros que circulam nas ruas são de moradores da periferia que vão trabalhar ou em busca de lazer e serviços..A sondagem foi realizada a 1.008 pessoas, automobilistas e não automobilistas, entre o dia 20 e 24 de agosto, refere o Le Parisien..Esta decisão junta-se a outras medidas tomadas nos últimos anos para limitar a velocidade de circulação no trânsito, principalmente no centro de Paris. O objetivo é abrir cada vez mais a cidade de ruas estreitas às pessoas que prefiram andar a pé, bicicleta ou patins..O encerramento ao trânsito das vias do cais do Sena em 2016, a criação de 60 quilómetros de ciclovias, a supressão de 60 mil lugares de estacionamento na cidade, são alguma das medidas tomadas nos últimos anos..Paris tem também em estudo o encerramento do centro histórico para carros particulares de não residentes, inicialmente previsto para 2022, mas que pode ser adiado por um ano..A redução da velocidade tem recebido críticas das associações de motoristas.