A queda do Governo, com a rejeição da moção de confiança apresentada no Parlamento na passada terça-feira, representa a abertura de um “intervalo político”, mas “não há intervalos no crescimento económico”, disse ao DN/Dinheiro Vivo (DV) o ministro da Economia, Pedro Reis.
“É preciso olhar para a frente e os portugueses têm de ver que a economia não pode parar. Os investidores e as empresas esperam que (o período de crise política) seja breve e que seja clarificador e definidor, porque o que nos vai levantar para o futuro é que a política deixe espaço às empresas, o que nos vai fazer crescer e recuperar a confiança e a esperança são soluções claras”, acrescentou Pedro Reis, numa declaração escrita.
Para o ministro, “numa nova realidade geoestratégica, Portugal é reconhecido como um porto seguro para o investimento pela forte resiliência e capacidade de crescer demonstradas”, com uma política direcionada para a captação de investimento, dando como exemplos os projetos da chinesa Calb e da Lufthansa Technik.
“É importante, neste momento, deixar uma palavra de esperança e confiança: o Governo tudo fará para recuperar rapidamente a estabilidade interrompida e prosseguir o trabalho de melhoria das condições para as nossas empresas, nomeadamente, a tendência de redução da carga fiscal e simplificação administrativa”, acrescentou o governante.
“Pese embora esta interrupção, que desejamos que seja curta, tudo faremos, entretanto, junto dos investidores externos para que a imagem e o posicionamento de Portugal não sejam beliscados, não desperdiçando a credibilidade que o país tem granjeado, que é crítica para o crescimento da nossa economia” concluiu Pedro Reis na mesma declaração escrita ao DN/DV.