Os preços do petróleo estão a subir nos mercados internacionais impulsionados pela decisão da OPEP+ de manter a produção prevista da matéria-prima no arranque de 2022. O Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e que serve de referência para as importações nacionais, sobe pouco mais de 2% para 71,95 dólares por barril, de acordo com os dados disponibilizados pela Bloomberg no seu site. O West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, sobe mais de 2% para 68,67 dólares por barril..Esta quinta-feira, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e os seus aliados, como a Rússia, conhecidos por OPEP+, decidiram manter os planos de aumentos mensais na produção, apesar dos receios de que os EUA libertem reservas de crude e dos receios quanto aos efeitos da nova estirpe do Covid-19, a Ómicron, segundo a Reuters..A administração Biden tem pressionado os países produtores de petróleo a aumentar a produção da matéria-prima mais do que o previsto, numa altura em que os preços da gasolina nos EUA têm escalado. Na semana passada, e depois de a OPEP+ não ter dado este impulso, os EUA e outras economias libertaram uma parte das reservas petrolíferas que detêm numa tentativa de travar a subida dos preços..Fontes da Reuters indicam que os membros da OPEP+ estiveram a analisar um conjunto de opções, incluindo interromper em janeiro o aumento de produção de 400 mil barris por dia ou manter o aumento mensal, mas inferior a 400 mil barris diários. Contudo, e dado os efeitos geopolíticos que isso poderia ter, decidiram manter o plano previsto, ou seja, aumentar a produção em 400 mil barris já no próximo mês.."A política triunfou face à economia. Os países [que mais] consomem colocaram pressão suficiente", dizia esta quinta-feira Gary Ross, observador da OPEP. "Mas preços mais baixos agora vão significar mais elevados mais tarde", alertou, citado pela Reuters..Outro tema que dominou as atenções do encontro da OPEP+ foi a nova estirpe do Covid-19. Os produtores receiam que a nova variante provoque uma nova queda na procura por "ouro negro". "Temos de monitorizar de perto o mercado para ver o efeito real da Ómicron", indicou à Reuters um dos delegados da OPEP+ após o encontro..Com a próxima reunião prevista para 4 de janeiro, o grupo deixou claro em comunicado que poderá reunir-se antes dessa data se a situação do mercado assim o exigir.