O Plano de Ação do Pilar Europeu de Direitos Sociais será uma base para a recuperação dos países europeus com "metas ambiciosas, quantitativas e mensuráveis", mas sem ligação direta aos objetivos dos planos de recuperação dos Estados-membros, afirmou nesta segunda-feira a responsável pela pasta do Emprego e Direitos Sociais da atual presidência portuguesa da União Europeia, a ministra Ana Mendes Godinho.."Os planos de recuperação e resiliência estão em fase de aprovação e negociação e, portanto, estas metas não são metas relacionadas com os planos de recuperação e resiliência", indicou após reunião informal dos ministros do Emprego, Política Social, Saúde e Consumidores (EPSCO), com organização portuguesa..Na próxima semana, dia 3, a Comissão Europeia irá apresentar o Plano e Ação do Pilar Europeu de Direitos Sociais para subscrição pelos países na Cimeira Social que Portugal organiza no início de maio no Porto..Pese embora este ir ter "metas ambiciosas, quantificáveis e mensuráveis", segundo referiu a ministra portuguesa do Trabalho, essas só serão conhecidas na próxima semana, substituindo a agenda da Europa 2020, estratégia para o crescimento proposta em 3 de março de 2010 por Bruxelas.."Aquilo que foi discutido hoje no EPSCO informal foi a avaliação que os Estados-membros fazem sobre a importância de existirem metas a nível europeu para haver também um compromisso do ponto de vista daquelas que são as prioridades na área do emprego e na área social, como forma de termos indicadores que permitam avaliar e ter objetivos concretos", explicou Ana Mendes Godinho..Segundo a responsável portuguesa, o novo Plano de Ação da Comissão von der Leyen trará instrumentos para monitorizar a necessidade de reforçar a dimensão social da Europa, como base da recuperação que o continente tem de ter.