No último verão, os residentes viajaram mais que no trimestre do verão de 2020. Apesar de grande parte das viagens terem sido em território nacional, é também verdade que muitos escolheram idas para fora, tendo as viagens turísticas com destino ao estrangeiro registaram o valor mais elevado desde o início da pandemia, ainda assim, muito distante dos níveis pré-pandémicos.
Os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) nesta quinta-feira, 27 de janeiro, indicam que, no terceiro trimestre de 2021, os residentes em Portugal realizaram 7,7 milhões de viagens. Este número representa tanto um crescimento face ao mesmo período de 2020 - mais 21,3% - como face aos três meses anteriores - uma subida de 83,9%.
Assim, e se por um lado a atividade turística dá sinais de melhorias face ao primeiro ano de pandemia, a verdade é que continua abaixo do registado em 2019. No terceiro trimestre de 2019, os residentes realizaram 8,7 milhões de viagens, o que significa que os números de julho, agosto e setembro de 2021 ficaram 11,1% abaixo que aconteceu em 2019.
"O número de viagens aumentou em todos os meses do trimestre: +31,7% em julho, +13,3% em agosto e +25,9% em setembro (+344,2%, +87,3% e +31,2% em abril, maio e junho, respetivamente)", diz o gabinete de estatística.
Nos meses de julho, agosto e setembro do ano passado, as viagens em território nacional corresponderam a 94,1% das deslocações efetuadas, mais 17,1% face ao período homólogo de 2020. O principal mote para as viagens foram questões de "lazer, recreio ou férias", seguida de "visita a familiares ou amigos".
Quanto às deslocações turísticas para o estrangeiro, e de acordo com o INE, foram 454,8 mil viagens, o que reflete um crescimento de 180,9% face ao terceiro trimestre de 2020, mas uma quebra de 57,2% que em 2019. O gabinete de estatística aponta ainda que as viagens ao estrangeiro no terceiro trimestre de 2021 registaram o valor mais elevado desde o início da pandemia. O principal motivo que levou os residentes para o estrangeiro foi "lazer, recreio ou férias".
"No terceiro trimestre de 2021, 41,8% das viagens foram efetuadas recorrendo à marcação prévia de serviços (+2,8 p.p.), proporção que atingiu 83,2% (+6,4 p.p.) no caso de deslocações com destino ao estrangeiro. Nas viagens em território nacional, a reserva antecipada de serviços esteve associada a 39,2% das viagens (+1,2 p.p.). A internet foi utilizada no processo de organização de 25,3% das deslocações (+0,6 p.p.), tendo este recurso sido opção em 65,4% (+4,8 p.p.) das viagens para o estrangeiro e 22,8% (-1,0 p.p.) das viagens em território nacional", remata o INE.