Preços do café próximos de máximos de dez anos. Especialistas avaliam perspetivas de produção

Seca e geadas afetaram a produção de café no Brasil - maior produtor mundial. Colheita de 2022 poderá ser inferior. Preços estão próximos de máximos de dez anos.
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O café é para muitos uma bebida essencial. Simples, ou acompanhado por leite ou natas, faz parte do quotidiano de muitos. Devido às condições climatéricas, a produção desta matéria-prima no Brasil - o maior produtor de café do mundo - foi afetada e os especialistas estão a analisar as perspetivas de produção para o próximo ano.

Os especialistas em café, que trabalham para as empresas que comercializam esta matéria-prima, estão a avaliar no estado brasileiro de Minas Gerais as perspetivas de produção de café em 2022, numa altura em que os preços do café estão próximos de máximos de 10 anos, segundo a Reuters.

A produção de café em solo brasileiro foi afetada neste ano pela seca e, depois, pela geada. Os cálculos citados pela agência de informação apontam que, devido a estas condições climáticas, cerca de 20% das árvores foram arruinadas, afetando assim a produção. Com uma produção inferior, os preços subiram. As estimativas realizadas para a produção em 2022 são amplas, mas os especialistas apontam, pelo menos para já, que a colheita vai ser inferior.

"As chuvas que se seguiram às geadas e seca produziram um bom florescimento, mas agora temos de ver quantas dessas vão se tornar cerejas [grãos estão dentro]", disse Ryan Delany, analista chefe da norte-americana Coffee Trading Academy LLC, à Reuters.

Os futuros do café arábica subiram mais de 90% neste ano de 2021 na sequência das secas, geadas e escassez de contentores, que afetou o escoamento da matéria-prima. A subida dos preços no Brasil, Colômbia e noutros produtores levou ao incumprimento de algumas entregas.

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