O presidente da câmara de Matosinhos afirmou hoje que a explosão seguida de incêndio ocorrida na refinaria de Leça da Palmeira esta madrugada é o "ónus que Matosinhos paga" por ter aquelas instalações da Galp Energia no concelho. "Neste caso não houve necessidade de uma intervenção externa, mas isto demonstra que temos que ser vigilantes com as instalações", afirmou à Lusa Guilherme Pinto. Segundo o presidente da câmara, este acidente é o "ónus que Matosinhos paga" por ter "um vizinho sempre complicado".Guilherme Pinto adiantou que vai agora pedir um relatório sobre o acidente para analisar até que ponto deve, ou não, ser prontamente emitido um comunicado dando conta da situação. Na sua opinião, um acidente na refinaria "é desconfortável" para a população vizinha, que não deve sentir-se insegura, sendo de admitir a necessidade de prontamente se acalmar os munícipes. O autarca de Matosinhos frisou que "há uma linha vermelha permanente" entre a refinaria e a protecção civil municipal, porque fora do território da Galp é a Câmara quem conduz os serviços de emergência. "Neste caso não houve necessidade de accionar um reforço de apoios externos" à refinaria, lembrou.A explosão aconteceu às 01:40, adiantando a Petrogal que "o incidente" aconteceu num tanque de acumulação de águas e a empresa já desencadeou uma investigação para apurar as circunstâncias que o provocaram. Em comunicado, a Galp Energia garantiu que as instalações da refinaria "cumprem as normas e as melhores práticas internacionais e, pelo facto, têm sido reconhecidas pelos mais exigentes padrões de avaliação independente".