Queixas contra a banca disparam 20% até março

Consumidores registaram um total de 1805 reclamações no Portal da Queixa, durante o primeiro trimestre de 2024. Queixas dirigidas ao Banco de Portugal foram as que mais cresceram, face ao período homólogo.
Queixas contra a banca disparam 20% até março
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As reclamações dirigidas ao setor bancário aumentaram 20% no primeiro trimestre do ano, face ao período homólogo, divulgou esta segunda-feira o Portal da Queixa, detalhando que, entre janeiro e março, os consumidores registaram 1805 queixas na plataforma. 

O débito desconhecido é apontando pela empresa como um dos principais motivos de insatisfação entre os clientes, recolhendo cerca de um terço (32,6%) das ocorrências: “Os consumidores referem-se a valores que foram debitados de forma indevida, sem o seu conhecimento.”

Ainda no topo dos fundamentos encontram-se a burla (13,4%), sobretudo relacionada com cartões de crédito; a cobrança indevida de taxas ou tarifas (10,9%); problemas com reembolsos, isto é, com a devolução de valores (5%); e, por último, o cancelamento de cartão ou serviços vinculados à conta, como, por exemplo, seguros (4,5%).

Caixa lidera “lista negra”

Quanto à “lista negra”, o Portal da Queixa apurou que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) foi a entidade que somou mais reclamações no primeiro trimestre de 2024 (27,8%), na categoria “Bancos”. Segue-se o Banco de Portugal e o ActivoBank, com 10,9% e 10,6%, respetivamente. 

Já no âmbito dos “Cartões de Crédito”, a marca Universo foi a que absorveu mais queixas (78,3%), enquanto o WiZink foi alvo de 21,5% protestos e o El Corte Inglés de 0,2%. 

Por último, no segmento das “Fintechs, Soluções de Pagamento Eletrónico, Bancos Digitais e Apps Financeiras”, a análise revela que o MB WAY (30,8%), a Hipay (22,3%) e a Moey (11,5%) constituem o top3 das empresas mais reclamadas.

Regulador foi o que mais cresceu

O levantamento feito pela rede social dos consumidores permitiu ainda apurar que o Banco de Portugal foi a instituição que mais viu crescer o número de reclamações até março, verificando uma subida na ordem dos 80%.

A denúncia de burla foi o motivo mais invocado, dando origem a 47,4% das queixas relacionadas com o regulador. 

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