O governo vai lançar amanhã, 21 de julho, o primeiro concurso para atribuição dos direitos de exploração de 16 imóveis que se encontram afetos ao Fundo Revive Natureza. O Fundo Revive Natureza foi criado no ano passado e tem como missão permitir, como lembra o comunicado do Turismo de Portugal, a "requalificação e valorização de imóveis públicos devolutos, com o objetivo de compatibilizar a conservação, recuperação e salvaguarda dos valores em causa com novas utilizações, que beneficiem as comunidades locais, atraiam novos visitantes e fixem novos residentes"..Este concurso vai ser apresentado em Alcácer do Sal e conta com a participação da secretária de Estado do Turismo, Rita Marques. "A Turismo Fundos fará a gestão global da rede de imóveis do Estado, distribuídos de norte a sul do país, entre os quais se contam, na sua maioria, antigas casas de guardas florestais e antigos postos fiscais, que serão arrendados ou concessionados para fins turísticos, através de concurso"..Em setembro do ano passado, fonte da secretaria de Estado do Turismo indicava que o Revive Natureza, ia ser operacionalizado através de um Fundo Imobiliário Especial. Este fundo, que vai ter a seu cargo a gestão de 96 imóveis do Estado – antigas casas florestais, postos da guarda-fiscal e outros pequenos imóveis dispersos – e que já foi constituído através de um decreto-lei aprovado em Conselho de Ministros, “vai dispor de cinco milhões de euros, da responsabilidade do Turismo de Portugal, que servirão para financiar a recuperação dos imóveis”, explica ao Dinheiro Vivo fonte da secretaria de Estado do Turismo..O Revive Natureza foi criado na sequência do Revive, programa que conta com imóveis que são património cultural e histórico devoluto e que são, mediante concurso, concessionados a privados para fins turísticos. Mas, no caso do Revive Natureza, embora as concessões não estejam excluídas, será privilegiada a colocação no mercado através do arrendamento. Entre os critérios de atribuição de apoio financeiro para a reabilitação está a valorização da “utilização de produtos locais, a criação de emprego local, a contribuição para o fortalecimento das redes de oferta e dinamização da economia local, procurando-se o máximo impacto social positivo, sendo esse o fator decisivo para a sua atribuição”.