
Manuel Serrão, o empresário que foi alvo de buscas no âmbito da Operação Maestro, é suspeito de ter vivido, durante anos, no Hotel Sheraton do Porto à custa de fundos europeus destinados a promover os têxteis portugueses, avança o Jornal de Notícias.
A investigação levada a cabo pela Polícia Judiciária (PJ) acredita que os suspeitos - entre os quais o cunhado de Serrão, António Silva, o gestor António Sousa Cardoso e o jornalista Júlio Magalhães - utilizaram uma teia de empresas do setor têxtil destinadas a fornecer faturas falsas, para serem submetidas aos programas de financiamentos de projetos, como o Compete 2020.
Entre 2015 e 2023, a Associação Selectiva Moda, que é gerida por Manuel Serrão e está no centro das suspeitas, assim como duas empresas lideradas pelos visados no processo, terão recebido indevidamente mais de 38 milhões de euros.
Ainda de acordo com informações recolhidas pelo JN, entre as 78 buscas, realizadas na terça-feira pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção da PJ, houve uma que implicou uma contabilista do Hotel Sheraton Porto.