Sindicato dos quadros técnicos da banca rejeita proposta de 2,125% do BCP

SNQTB tinha apresentado uma proposta de atualização de 5,8% para 2024 e de 4,3% para 2025 na tabela salarial, pensões de reforma e de sobrevivência e demais cláusulas com expressão pecuniária.
FOTO: Global Imagens
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O Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB) anunciou hoje que rejeitou a proposta de 2,125% para a atualização das tabelas salariais e de pensões de reforma e de sobrevivência, considerando que é insuficiente.

O SNQTB tinha apresentado ao BCP uma proposta de atualização de 5,8% para 2024 e de 4,3% para 2025 na tabela salarial, pensões de reforma e de sobrevivência e demais cláusulas com expressão pecuniária.

Numa reunião na quinta-feira, o banco liderado por Miguel Maya contrapôs com uma atualização "de apenas 2,125% para 2024 e de um valor diário de 13,50 euros relativamente ao subsídio de alimentação".

Para o sindicato, esta é uma contraproposta "manifestamente insuficiente, que não compensa devidamente os trabalhadores do BCP, no ativo e reformados".

"Convidamos o BCP a repensar e a reformular a sua posição negocial, aproximando-se de uma atualização dos salários e das pensões que se enquadre verdadeiramente no contexto inflacionista que se vive em Portugal, mas que reflita também os seus resultados operacionais", afirmou o presidente do sindicato, Paulo Gonçalves Marcos, citado em comunicado hoje divulgado.

O SNQTB refere, ainda, que outras instituições financeiras em Portugal já assumiram atualizações com valores percentuais "muito superiores a 2,125%", demonstrando que o setor bancário "tem condições, pelos resultados que teve e pelos ganhos de produtividade que alcançou em 2023, para ir mais além na sua proposta".

O sindicato liderado por Paulo Gonçalves Marcos regista ainda que, após a reestruturação do banco em 2021 e 2022 e face aos lucros de 2023, o BCP não pode ignorar os valores da inflação e do custo de vida atuais, o que impõe "uma atualização bastante superior à que foi proposta".

Para 2023, sindicatos e bancos alcançaram um acordo de 4,5%, acima dos 2,5% inicialmente propostos pelo setor.

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