Os portos portugueses movimentaram 45 milhões de toneladas no conjunto dos seis primeiros meses deste ano, o valor mais elevado de sempre num primeiro semestre. O crescimento dá-se graças ao porto de Sines, o único a registar uma evolução positiva neste período.
Os 45 milhões de toneladas movimentadas, nas várias tipologias de cargas, representam um aumento de 0,9% face ao primeiro semestre do ano passado. "Este facto resulta exclusivamente do comportamento do porto de Sines, que regista um acréscimo de 10,5%, atingindo 24,1 milhões de toneladas e anulando as variações negativas dos restantes portos", justifica a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes, em comunicado enviado esta terça-feira às redações.
O porto de Sines reforça, assim, a posição de liderança no mercado portuário português, assegurando já 53,5% do total do movimento portuário. Segue-se o porto de Leixões, com uma quota de 19,6%, e o de Lisboa, com uma quota de 10,3%.
Estes dois últimos portos foram, contudo, também os que registaram maiores quebras de movimentação no primeiro semestre. No porto de Lisboa, a movimentação de mercadorias recuou 18,6%, o que se justifica pelas greves dos estivadores, que paralisaram o porto durante várias semanas. Já em Leixões, a quebra foi de 3,5%.
No que respeita ao mercado de contentores, verificou-se um movimento de 1,3 milhões de TEU (unidade equivalente a um contentor de 20 pés) no primeiro semestre, o que corresponde a uma quebra de 1,8% face ao período homólogo.
Os primeiros seis meses do ano registaram 5361 escalas de navios, incluindo os navios de cruzeiro, refere ainda a AMT. "Esta variação global do número de escalas resultou no acréscimo de 20,4% de Viana do Castelo, 0,7% de Leixões, 0,8% da Figueira da Foz, 13,1% de Setúbal e de 18,1% de Sines", detalha o comunicado.