Para um verdadeiro apreciador poucas coisas darão maior prazer do que o ritual de tirar um disco de vinil da respetiva capa, passar a escova e colocá-lo a tocar no gira-discos. O pior é que, salvo muito raras exceções, a reprodução da música neles gravada vem sempre associada aos típicos estalidos e "pops" causados pelo pó e sujidade acumulada. Soluções para lidar com este problema já existem há muito tempo. Vão desde usar água com sabão ou com umas gotas de detergente para loiça para lavar os discos, que depois têm de secar tal e qual como se faz com os pratos na cozinha. Tudo num processo chato e demorado, nem por isso lá muito eficaz.
Muitos entusiastas começaram a construir máquinas que o pudessem fazer de uma forma mais prática, como é o caso da Okki Nokki One aqui testada que é já uma evolução do primeiro modelo que teve muito sucesso. O seu aspeto pode ser confundido com facilidade com um gira-discos e, na verdade, o funcionamento acaba por imitar o ato de pôr um disco a tocar. Depois de colocado o disco e devidamente fixado (o acessório tem uma área circular que protege a etiqueta no centro do disco dos líquidos) é altura de espalhar um pouco da solução de limpeza que é concentrada e convém diluir umas gotas em água destilada. De seguida é colocar o motor em funcionamento (roda nas duas direções) e utilizando a escova de pelo de cabra fornecida, exercer alguma pressão contra o disco para soltar a sujidade dos sulcos.
Este procedimento deve ser repetido mais ou menos vezes em função do grau de sujidade dos discos. O passo seguinte é a aspiração da sujidade entretanto solta e secagem que acontecem em simultâneo. Há um reservatório com indicador de nível para onde vão os excessos e o braço de aspiração dá para discos LP e singles. Como esta máquina não tem temporizador, todas as etapas têm de ser monitorizadas no período de tempo necessário para obter o resultado pretendido. A escolha da altura do dia (ou noite) deverá ser tida também em conta, pois o aspirador faz um ruído considerável.