A Stellantis irá vender apenas carros elétricos na Europa a partir de 2030. Este é um dos destaques da apresentação do plano estratégico da aliança automóvel que reúne os grupos Peugeot-Citroën (PSA) e Fiat Chrysler (FCA). Carlos Tavares destacou ainda que a Stellantis será neutra em carbono a partir de 2038.
Para conseguir estes objetivos, serão lançados mais de novos 100 modelos até ao final desta década, dos quais mais de 75 serão exclusivamente movidos a bateria. A partir de 2026 os novos modelos serão exclusivamente zero emissões. Nos Estados Unidos, metade das vendas em 2030 serão de unidades totalmente elétricas.
O gestor português também adiantou que pretende reduzir a exposição ao mercado chinês e a riscos geopolíticos, com a abertura, a outras entidades, da gestor das fábricas no país, que contam com o capital da empresa Dongfeng. A China representa atualmente 20 mil milhões de euros em receitas anuais para a aliança Stellantis.
A nível global, a aliança automóvel pretende duplicar as receitas anuais para 300 mil milhões de euros até 2030, com a aposta reforçada na área de serviços.
A Stellantis quer ainda liderar o segmento de veículos comerciais ligeiros. O mercado das carrinhas para empresas tem particular importância para Portugal: a fábrica de Mangualde produz modelos como Citroën Berlingo, Peugeot Partner e Opel Combo.
Ainda nos veículos comerciais, mas de maior dimensão (carrinhas de caixa aberta), a aliança está a começar a fabricar modelos a hidrogénio, para entregas nas cidades e com tempo de carregamento e autonomia semelhantes aos de um veículo a combustão.
A área tecnológica também será uma das apostas do grupo automóvel: com uma equipa de 4500 pessoas só na área de software até ao final de 2024, a Stellantis quer construir uma montra de serviços dedicada à área do automóvel e ainda vender um terço dos automóveis em todo através da internet em 2030.