
O subsídio parental pago aos pais nos primeiros meses de vida da criança aumenta o rendimento disponível das famílias, mas quem tem salários mais altos acaba por sair beneficiado face aos trabalhadores com salários próximos do mínimo, avança esta segunda feira o Público.
A conclusão pertence ao estudo “Os impactos do subsídio parental no rendimento disponível das famílias”, que revela que, na maior parte dos casos, o subsidio faz com que as famílias tenham um aumento do seu rendimento mensal disponível face ao que teriam se estivessem a trabalhar. Isto acontece porque prestação é calculada com base no salário bruto e está isenta de quotizações para a Segurança Social e de tributação em IRS.
Contudo, em algumas das modalidades e no caso dos beneficiários com salários mais baixos, verifica-se uma redução de rendimento disponível.
É o caso dos trabalhadores com um salário líquido de 729,80 euros (820 euros brutos) que, se optarem pela licença a 80%, ficam a receber 656 euros de subsídio (menos 10% do que é o seu salário líquido) e, na licença a 83%, têm uma perda de 6,7%. Por outro lado, um beneficiário com salário de 4000 euros brutos tem um acréscimo de 1539 euros (mais 62,5%).