TAP com plano aprovado para 2022

Agenda da companhia aérea para o próximo ano inclui a renegociação de contratos coletivos de trabalho e a obtenção no imediato de um empréstimo de 360 milhões de euros
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Foi quase um ano de espera, mas em vésperas de Natal a Comissão Europeia aprovou finalmente o plano de reestruturação da transportadora aérea nacional, que lhe vai permitir receber um total de 3,2 mil milhões de euros de ajudas.

Foi entregue em dezembro de 2020 e na altura o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, acreditava que até ao final de fevereiro deste ano Bruxelas aprovaria o plano português. Mas a luz verde da Comissão vem com remédios que têm de ser postos em prática no próximo ano pela CEO Christine Ourmières-Widener.

A TAP vai perder 18 faixas horárias (slots) - que, segundo o ministro da tutela, correspondem a apenas 5% do total e evitará que a empresa se transforme numa "TAPzinha" - e vai ter de vender todos os ativos não core, entre eles as participações que detém na Groundforce, na Cateringpor e na empresa de manutenção do Brasil. A CEO, em entrevista ao Público, disse, no entanto, que "não é bom vender durante uma crise e gostávamos que alguns [ativos] melhorassem a sua performance".

Na agenda para 2022 a TAP tem também a renegociação dos contratos coletivos de trabalho, que Christine Ourmières-Widener considera demasiado complexos e que quer "simplificar".

Já no imediato, a companhia está a trabalhar num empréstimo junto de privados de 360 milhões de euros, com 90% de garantia do Estado. Em 2022 serão injetados na transportadora mais 990 milhões de euros de dinheiros públicos.

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