Tarifas: Meloni alerta para uma “guerra comercial no Ocidente”

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, manifestou-se este domingo, 13 de julho, contra uma “guerra comercial no Ocidente”, falando da implementação de tarifas de 30% por parte de Trump à UE.
Primeira-ministra do país, Giorgia Meloni
Primeira-ministra do país, Giorgia MeloniRiccardo Antimiani/EPA
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“Uma guerra comercial no Ocidente enfraquecer-nos-ia a todos face aos desafios globais que enfrentamos juntos”, afirmou Meloni num comunicado divulgado pelo seu gabinete.

Para a primeira-ministra italiana, a “Europa tem a força económica e financeira para afirmar a sua posição e chegar a um acordo justo e sensato”, e a Itália “fará a sua parte”.

Donald Trump anunciou no sábado que os produtos importados da UE e do México para os Estados Unidos estarão sujeitos a tarifas de 30% a partir de 01 de agosto.

Desde então, a oposição italiana tem criticado Meloni e o seu partido de extrema-direita Fratelli d'Italia, com o ex-primeiro-ministro e líder populista e progressista do Movimento 5 Estrelas (M5S), Giuseppe Conte, a acusá-la de “baixar a cabeça” perante as ameaças de Washington.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que Bruxelas não vai retaliar contra as tarifas de aço e alumínio impostas pelos Estados Unidos, na esperança de conseguir um acordo para evitar impostos mais alargados de 30% sobre todas as suas exportações.

"Os Estados Unidos enviaram-nos uma carta com medidas que entrarão em vigor a menos que haja uma solução negociada. Por isso, estamos também a prolongar a suspensão das nossas medidas até agosto", anunciou Ursula Von der Leyen, em conferência de imprensa em Bruxelas.

A política conservadora alemã argumentou que, apesar de manter as medidas de retaliação suspensas, a União Europeia "continua a preparar" as contramedidas para "estar totalmente preparada" caso as negociações com a Casa Branca falhem.

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