
“Uma guerra comercial no Ocidente enfraquecer-nos-ia a todos face aos desafios globais que enfrentamos juntos”, afirmou Meloni num comunicado divulgado pelo seu gabinete.
Para a primeira-ministra italiana, a “Europa tem a força económica e financeira para afirmar a sua posição e chegar a um acordo justo e sensato”, e a Itália “fará a sua parte”.
Donald Trump anunciou no sábado que os produtos importados da UE e do México para os Estados Unidos estarão sujeitos a tarifas de 30% a partir de 01 de agosto.
Desde então, a oposição italiana tem criticado Meloni e o seu partido de extrema-direita Fratelli d'Italia, com o ex-primeiro-ministro e líder populista e progressista do Movimento 5 Estrelas (M5S), Giuseppe Conte, a acusá-la de “baixar a cabeça” perante as ameaças de Washington.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que Bruxelas não vai retaliar contra as tarifas de aço e alumínio impostas pelos Estados Unidos, na esperança de conseguir um acordo para evitar impostos mais alargados de 30% sobre todas as suas exportações.
"Os Estados Unidos enviaram-nos uma carta com medidas que entrarão em vigor a menos que haja uma solução negociada. Por isso, estamos também a prolongar a suspensão das nossas medidas até agosto", anunciou Ursula Von der Leyen, em conferência de imprensa em Bruxelas.
A política conservadora alemã argumentou que, apesar de manter as medidas de retaliação suspensas, a União Europeia "continua a preparar" as contramedidas para "estar totalmente preparada" caso as negociações com a Casa Branca falhem.