A taxa de desemprego no 3.º trimestre de 2024 situou-se em 6,1%, mantendo-se inalterada em relação ao trimestre anterior e ao 3.º trimestre de 2023. Já a taxa de desemprego de jovens (16 a 24 anos) foi estimada em 19,7%, o que representa uma diminuição de 2,3 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior e de 1,1 pontos percentuais face a igual período do ano passado. .Estes são dados do Inquérito ao Emprego divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística, relativos ao 3.º trimestre de 2024, e que indicam que a população ativa, estimada em 5 475,6 mil pessoas, aumentou 0,8% (43,7 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e 1,2% (63,3 mil) relativamente ao homólogo de 2023..Esta evolução refletiu-se na taxa de atividade da população em idade ativa (dos 16 aos 89 anos), refere o INE, que se situou em 60,3%, aumentou 0,3 pontos percentuais (p.p.) em relação ao trimestre precedente. Manteve-se inalterada relativamente ao trimestre homólogo..Já a população empregada foi estimada em 5 140,9 mil pessoas, o valor mais elevado da série iniciada em 2011, representando um aumento de 0,8% (41,0 mil) em relação ao trimestre anterior e 1,2% (59,1 mil) face ao trimestre homólogo. A taxa de emprego situou-se em 56,6%, igual ao valor do 3º trimestre de 2023, mais mais alta 0,3 pontos percentuais face ao 2.º trimestre de 2024..A evolução homóloga da população empregada resultou, essencialmente, dos acréscimos verificados nos seguintes agregados: mulheres (30,5 mil; 1,2%); pessoas dos 55 aos 64 anos (27,9 mil; 2,8%); com ensino superior (114,7 mil; 7,0%); empregados no sector dos serviços (56,6 mil; 1,5%), nomeadamente no conjunto das secções de atividade 'Administração pública e defesa', Segurança social obrigatória' e 'Educação', cujo aumento (42,3 mil; 5,9%) representou 74,7% da variação do sector; e nos trabalhadores por conta própria (45,7 mil; 6,4%); e a tempo completo (59,3 mil; 1,3%)..Considerando o total da população empregada, 19,8% das pessoas (1 020,1 mil) indicaram ter trabalhado em casa. Destes, 25,4% (259,4 mil) fizeram-no sempre, 37,0% (377,7 mil) fizeram-no regularmente mediante um sistema híbrido que concilia trabalhopresencial e em casa, 15,5% (158,1 mil) trabalharam em casa pontualmente. Já 21,6% (220,7 mil) fizeram-no forado horário de trabalho. "Comparando estas proporções com as do trimestre anterior, destaca-se o decréscimo daqueles cujo trabalho em casa foi realizado fora do horário de trabalho (menos 4,8 p.p.; o que correspondeu a menos 62,3 mil pessoas)", refere o INE..Entre os que dizem trabalhar regularmente num sistema híbrido, a combinação mais comum foi a que conjuga alguns dias por semana em casa todas as semanas (75,9%; 286,7 mil), tendo sido igualmente a combinação que registou a maior variação trimestral (menos 17,8 mil pessoas) e homóloga (mais 43,1 mil pessoas). Os empregados num sistema híbrido trabalharam em casa, em média, três dias por semana, mostram os dados..Quanto à população desempregada (334,7 mil pessoas), aumentou (2,7 mil; 0,8%) relativamente ao trimestre anterior e (4,2 mil; 1,3%) face ao trimestre homólogo. .Para a evolução homóloga dos desempregados contribuíram, principalmente, explica o INE, os acréscimos nos seguintes grupos populacionais: homens (7,6 mil; 5,0%); pessoas dos 45 aos 54 anos (10,6 mil; 19,2%); com ensino superior (11,2 mil; 15,2%); à procura de novo emprego (6,2 mil; 2,2%); e desempregados há 12 e mais meses (4,4 mil; 3,6%)..Assim, no final de setembro, 38,0% da população desempregada encontrava-se nesta condição há 12 e mais meses (desemprego de longa duração), valor inferior em 1,2 p.p. ao do trimestre precedente e superior em 0,9 p.p. ao do trimestre homólogo..O desemprego de longa duração teve maior prevalência entre aqueles dos 45 aos 54 anos (48,2%) e dos 55 aos 74 anos (60,6%), assim como junto dos que completaram, no máximo, o 3.º ciclo do ensino básico (49,6%)..A variação homóloga da proporção de desemprego de longa duração foi impulsionada pelos aumentos entre as mulheres (1,9 p.p.), no grupo etário dos 45 aos 54 anos (3,1 p.p.) e entre aqueles com ensino secundário e pós--secundário (4,6 p.p.)..O desemprego de muito longa duração, ou seja, acima dos 24 meses, representa 59,9% do total do desemprego de longa duração, diminuindo 1,0 p.p. em relação ao trimestre anterior e 2,9 p.p. relativamente ao mesmo trimestre de 2023.