O governo pretende voltar a decretar a obrigatoriedade do teletrabalho entre 2 e 9 de janeiro, após as festividades de Natal e Ano Novo, naquela que pretende que seja uma "semana de contenção" e de minimização de contactos entre as pessoas para evitar o agravar da pandemia.
Esta foi uma das medidas antecipadas pelo primeiro-ministro, António Costa, a mais de um mês da sua imposição, num momento em que, para já, o governo recupera a recomendação de teletrabalho sempre que este é possível, à semelhança do que vigorou do início de agosto a final de setembro últimos.
"Sempre que possível, o teletrabalho é recomendável de forma a evitar um excesso de contactos que permitam o agravar da pandemia", referiu o líder do governo que, a 1 de dezembro, com o agravamento dos indicadores de pandemia, irá restaurar o estado de calamidade.
Já depois das festividades do final de dezembro, o objetivo é reduzir os contactos ao máximo, com o governo a antecipar três medidas. Além do retorno temporário ao teletrabalho obrigatório, entre 2 e 9 de janeiro será também interrompido o funcionamento de bares e discotecas, ao mesmo tempo que fica em suspenso por uma semana adicional o calendário letivo.
O segundo período escolar, após as férias de Natal, só arrancará a 10 de janeiro. "As creches também serão abrangidas. Também ficarão encerradas neste período", esclareceu António Costa em resposta aos jornalistas na conferência de imprensa após reunião do Conselho de Ministros.
Enquanto isso, muitos pais terão filhos menores em casa, mas o governo não confirma ainda se irá voltar a disponibilizar o apoio excecional à família que vigorou durante o encerramento de escolas em 2020 e 2021 para trabalhadores forçados a ficar em casa a cuidar dos menores.
"Relativamente a apoios, é algo que está a ser avaliado pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social", indicou o primeiro-ministro, salientando contudo que os cinco dias de aulas não frequentadas no início do ano serão compensados no calendário das férias de Carnaval e da Páscoa.
Noutra medida que também terá impacto nos locais de trabalho, encontra-se ainda, já a partir da próxima semana, o regresso à obrigatoriedade de uso de máscara na generalidade dos espaços fechados. Neste momento, a decisão sobre uso ou não de máscara nos locais de trabalho é tomada pelos empregadores.