
Os trabalhadores da Imprensa Nacional Casa da Moeda (INMC) voltaram hoje a concentrar-se em plenário, frente ao edifício sede do organismo, em Lisboa, recusando a nova proposta de aumentos salariais graduais da administração, de 52 e 46 euros.
A concentração foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Norte (Site-Norte) e realizou-se após a administração da INCM ter apresentado na sexta-feira uma nova proposta salarial.
O delegado sindical Paulo Sousa disse à Lusa que a administração propôs aumentos salariais de 52 euros para trabalhadores que ganham entre 800 e 1.301 euros e de 46 euros para quem recebe acima desse valor, tendo a proposta sido recusada pelos trabalhadores no plenário de hoje.
Já os representantes dos trabalhadores propuseram um aumento de 80 euros para todos os profissionais e a administração ficou de analisar.
Ficou agendada uma nova reunião entre a administração e os representantes dos trabalhadores para dia 17 e também uma nova concentração para o mesmo dia, contou Paulo Sousa.
Também em 20 de março cerca de uma centena de trabalhadores da INMC estiveram concentrados em frente ao edifício, em Lisboa, enquanto decorria uma reunião negocial entre a administração e os representantes dos trabalhadores, que terminou sem consenso.
No início das negociações, os sindicatos apresentaram uma proposta de aumentos de 15% com um mínimo de 150 euros, enquanto a administração propôs 35 euros para todos os trabalhadores.
"Esperamos chegar a um consenso que seja bom para os trabalhadores", sublinhou Paulo Sousa, referindo que a INMC registou lucros de cerca de 20 milhões de euros no ano passado.
A INCM conta com perto de 700 trabalhadores em Lisboa, Porto e Coimbra.
Entre as principais funções da INCM estão a produção de documentos como o cartão de cidadão ou o passaporte, a cunhagem de moeda, a autenticação de metais preciosos, a edição do Diário da República e a publicação de obras da língua e da cultura portuguesa.