No seu conjunto, os trabalhadores da Groundforce têm 90 milhões de euros de créditos da empresa e representam o maior credor, apurou o Dinheiro Vivo. No total, as dívidas da SPdH somam 154 milhões de euros, numa lista de 2800 credores.
Os trabalhadores da empresa de handling - em março eram 2398 - deverão estar hoje representados na primeira Assembleia de Credores da Groundforce, agendada para o Tribunal de Monsanto.
Nesta tarde, os participantes deverão ser chamados a votar a possibilidade de, no futuro, haver um plano de restruturação da companhia ou, em alternativa, optar pela sua liquidação.
Num documento citado pela Lusa, os administradores de insolvência, Bruno Costa Pereira e Pedro Pidwell, manifestaram ser favoráveis à manutenção da atividade da empresa, para salvaguarda dos interesses dos credores.
A TAP, nominalmente, é a empresa com o maior crédito, na ordem dos 19,7 milhões de euros, e foi ela que, em maio, apresentou o pedido de insolvência da Groundforce, reclamando o pagamento de bens e serviços naquele valor global. A transportadora aérea nacional é dona de 49,9% da Groundforce. Os restantes 50,1% são da Pasogal, detida por Alfredo Casimiro.
A Ana-Aeroportos de Portugal reclama dívidas de 12,6 milhões de euros e o BCP viu reconhecida uma dívida superior a dois milhões de euros.
O próprio Estado também surge na lista dos credores, com a Segurança Social a reclamar 10, 4 milhões de euros, relativos a contribuições e a um apoio no âmbito da covid-19.
A insolvência da empresa que gere as bagagens nos aeroportos foi decretada no dia 4 de agosto pelo Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa .
Com agência Lusa