As validações no sistema intermodal Andante, da Área Metropolitana do Porto (AMPorto), aumentaram 9,5% em 2021, para 116,3 milhões, de acordo com o relatório e contas dos Transportes Intermodais do Porto (TIP).."As validações de títulos intermodais Andante totalizam 116,3 milhões de utilizações, o que se traduz numa subida de 9,5% face ao período homólogo do ano anterior", pode ler-se no documento, publicado no 'site' do agrupamento complementar de empresas (ACE) que gere o sistema..Segundo contas da agência Lusa, os números correspondem a uma média de cerca de 318,6 mil validações Andante por dia em 2021..Apesar do aumento face a 2020, as validações no sistema Andante estão ainda longe dos 175,5 milhões registados em 2019, ano anterior à pandemia de covid-19, no qual foi implementado o alargamento da rede e os descontos nos passes intermodais, ao abrigo do Programa de Apoio à Redução Tarifária nos Transportes Públicos (PART)..No ano passado, de acordo com o relatório dos TIP, "o máximo absoluto mensal de validações intermodais ocorreu no mês de novembro, com aproximadamente 13,7 milhões de validações", e o maior volume diário deu-se no dia 10 desse mês, com aproximadamente 587 mil validações..Do total das 116,3 milhões de validações registadas em 2021, 81,9% corresponderam a assinaturas (40,7% normais e 41,1% com desconto) e 18,1% a títulos ocasionais..Entre os operadores, o que registou mais validações foi a Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP), com 41% (47,9 milhões), seguindo-se a Metro do Porto (36%, 41,68 milhões), outros operadores (18%, 20,3 milhões) e a CP - Comboios de Portugal (5%, 6,3 milhões)..Dentro dos outros operadores, todos rodoviários, o que registou mais validações foi a Gondomarense (5,35 milhões), seguido da Resende (3,59 milhões), Espírito Santo (2,65 milhões), Valpi (2,49 milhões), MGC Transportes (2,40 milhões) e Carvalhos (1,26 milhões).."Relativamente à procura por zonas, constata-se ser a zona PRT1 [Porto Centro] a que regista maior utilização, com 38,3% das validações totais, seguindo-se as zonas VNG1 [Gaia Mafamude], com 11,9%, e PRT2 [Porto Ocidental], com 9,0%", pode ler-se no documento..O texto destaca ainda que "no seu conjunto, as sete zonas mais centrais PRT1, PRT2, PRT3 [Porto], MAI1, MAI4 [Maia], VNG1 [Vila Nova de Gaia] e MTS1 [Matosinhos], continuam a concentrar aproximadamente 82% do total de validações" do sistema intermodal Andante.."As deslocações de curta distância [clientes utilizadores de duas ou três zonas] representam 37,4% das validações efetuadas em 2021, sendo a maioria assumida títulos de quatro ou mais zonas (62,6%)", refere ainda o documento..Quanto à venda de bilhetes, gerou 74,6 milhões de euros em 2021, a maior parte obtida através das máquinas de venda automática na rede de Metro do Porto (39%), seguindo-se os revendedores Payshop (34%), as lojas Andante (11%), a CP Porto (6%), a rede Multibanco (5%) e as máquinas de venda automática da CP (4%)..Os privados, outros revendedores e a 'app' Anda representam, cada um, menos de 1% da receita de bilhética obtida pelos TIP..No total, as validações atingiram os 126,6 milhões na AMPorto, incluindo títulos monomodais, "refletindo um crescimento de 9,1%" face a 2020, o que significa que 10,3 milhões ainda ficaram fora do sistema Andante no ano passado..Em termos de resultados financeiros, os TIP registaram um resultado líquido positivo de 47.471 euros, depois de prejuízos de 193.486 em 2020, e o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) foi de 835.385 euros em 2021, um aumento de 54,19% face aos 541.795 euros de 2020..Os TIP são um agrupamento complementar de empresas (ACE) sem funcionários próprios (pertencem à Metro do Porto [oito] e STCP [quatro]), cujos acionistas são, em igual proporção (33,3%) a STCP, a CP e Metro do Porto..O presidente da Metro, Tiago Braga, preside também aos TIP.