Venda da operação do TikTok nos EUA à Oracle e à Walmart estará suspensa

A venda da operação da rede social nos Estados Unidos terá sido posta em pausa pela administração Biden, avança o Wall Street Journal.
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A venda das operações da aplicação TikTok nos Estados Unidos à tecnológica Oracle e à retalhista Walmart terá sido posta em suspenso durante um período de tempo indefinido, avança o Wall Street Journal.

No verão passado, Donald Trump emitiu uma ordem executiva onde afirmava que a rede social TikTok representava um perigo de segurança nacional para os Estados Unidos, alegadamente devido ao facto de ser uma empresa chinesa. Trump aumentou a pressão e forçou a ByteDance, a dona do TikTok, a encontrar um comprador norte-americano para evitar que a aplicação fosse banida nos EUA, onde já tem milhões de utilizadores.

As declarações de Trump mereceram reprovação por parte de Pequim, aumentando o clima de guerra comercial.

Embora a Microsoft também tenha ido a jogo, a ByteDance acabou por escolher a tecnológica Oracle e a gigante de retalho Walmart, descrevendo a Oracle como "um fornecedor tecnológico de confiança".

No entanto, com a mudança de administração nos Estados Unidos, o negócio terá sido suspenso, num momento em que a administração de Biden quer fazer a sua própria avaliação sobre o risco de segurança que a aplicação de vídeos curtos possa representar.

Neste momento, escreve o WSJ, os representantes da ByteDance e as autoridades de segurança norte-americanas continuarão em conversações. Ainda assim, não haverá ainda qualquer tipo de decisão tomada sobre o tema.

Emily Horne, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, avançou ao WSJ que existem "planos para desenvolver uma abordagem mais abrangente para os dados dos EUA que responde ao leque alargado de ameaças que o país enfrenta". A mesma responsável indicou ao jornal que esses planos "incluem o risco que as aplicações chinesas e outro software que opera nos Estados Unidos." Esta entidade indica ainda que "nos próximos meses, espera analisar casos específicos (...)".

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