Em Espanha, o volume de negócios subiu 7,4% no período em análise, para 361,4 milhões de euros, e no resto do mundo o crescimento foi de 5%, "impulsionado principalmente pelos escritórios na América Latina e em Portugal".
De acordo com a Garrigues, "o volume de negócios internacional representa 13% do total das receitas da organização".
Por área de prática, a de Direito Comercial continua a ser aquela que tem maior peso no escritório, com quase um terço (32,5%) do total, seguida da Fiscal (30%), Laboral (11,3%) e Contencioso e Arbitragem (11,1%).
Para o presidente executivo da Garrigues, Fernando Vives, que em 01 de fevereiro iniciou um novo mandato, "2021 foi um ano complexo, marcado pela pandemia de covid-19".
"Graças à confiança dos nossos clientes, ao talento e esforço da equipa e ao nosso compromisso com um crescimento sólido e rentável, atingimos receitas recordes", ainda assim, afirma Fernando Vives, citado em comunicado.
Face à invasão da Ucrânia pela Rússia, "além da consternação" que afirmam sentir "como seres humanos", destacam que "o mais relevante como advogados é a condenação da flagrante violação do direito internacional, fundamental para a convivência pacífica de dois Estados soberanos", acentua.
"Do ponto de vista da atividade profissional, o escritório não presta serviços aos Estados russo e bielorrusso ou a qualquer cidadão ou empresa que esteja na lista de sanções da União Europeia, ou por eles controlados ou geridos", sublinha Fernando Vives.
"Desde o início da crise, estabelecemos um sistema de controlo rigoroso para monitorizar qualquer serviço profissional solicitado por empresas e cidadãos russos e bielorrussos, sempre alinhado com os nossos valores enquanto organização e com as normas deontológicas da profissão", acrescenta.
A Garrigues colocou-se "à disposição de várias instituições para colaborar na ajuda aos cidadãos ucranianos através de todos os meios ao seu dispor", refere o escritório.
Fernando Vives iniciou em fevereiro um novo mandato de quatro anos - até 2026 - como presidente executivo da Garrigues.
O responsável está à frente da Garrigues há 12 anos: "em 2009, foi nomeado sócio-gerente e, em 2014, presidente executivo, cargo que renovou pela primeira vez em 2018", refere o escritório de advocacia.
"Durante o seu mandato, ladeado por duas grandes crises, o desastre financeiro de 2008 e a pandemia de covid-19, a sociedade realizou a maior parte da sua expansão internacional, enfrentou a sua transformação digital e esteve na vanguarda da sustentabilidade e ESG (Environmental, Social and Corporate Governance)", salienta a Garrigues.
Nos próximos quatro anos, internacionalização, digitalização e sustentabilidade continuarão no centro da estratégia do escritório.
Nos últimos cinco anos, o escritório investiu 55,9 milhões de euros em inovação, o que se traduziu em 2021 em 2,9% da receita, tendo aprovado "um novo plano de sistemas, que envolverá um novo investimento de 45 milhões a três anos".
O principal desafio "que enfrentamos é garantir que o escritório esteja preparado para enfrentar todos os futuros possíveis num cenário cada vez mais incerto", considera Fernando Vives.